A Minha Historia.....

... - Mas como é que esperam que eu escreva com um tijolo??? E se se acabar a tinta????, responde o komodore.

- Oh rapaz grande como tudo, os tijolos não usam tinta!!! Mas és tanso ou quê??? Ai o meu canário!!!, comenta a Trixie.

De repente, salta a tampa ao Migas ao ver o seu amigo a ser maltratado pela Trixie. E começa:

- Oube lá oh minha energúmena!!! Qué'isso de falares mal com mê amigo, hum????, diz o Migas num tom jocoso!!

Responde a Trixie:

...

- Energúmena? Mas quem é que pensas que és para me chamares nomes que eu nem conheço? Vou-me mas é embora. Estive dias e dias num hospital e agora que o moço acorda, começa a crescer que nem um desalmado e eu ainda tenho que ser simpática e compreensiva? Eu não. Não estou para isto. Vou mas é passar uns dias a um spa para ver se descanso, senão ainda dou em maluca.

Dito isto, a Trixie vira costas e o Migas fica sozinho a tomar conta de um gigante.

- Ai meu Deus! O que é que eu faço agora? - diz o Migas - Será que sou a única pessoa normal neste mundo?

E quando o Migas acaba de dizer esta frase, tem uma visão...

de que a Trixie vai ser atropelada lá fora, aquando da sua saída do hospital! Ele contou ao komodore e ele foi lá tentar salvá-la.
Destruiu a janela, saltou do quarto e bastou tocar no chão que o fez tremer... assim a Trixie caiu e salvou-a! Mas ela não o compreendeu.

- O que estás a fazer? Fizeste-me sujar a minha saia! - refilou a Trixie.
- Ghhughhughh - tentava dizer o komodore alguma coisa.

Mas esta conversa foi interrompida por...

... um tijolo arremessado pelo Migas, em defesa da Trixie.

- Tira já as tuas mãos imundas da minha... ehr... amiga!!!, gritou o Migas para o Komodore.

Este, ao gritarem com ele, pousa a Trixie e desata num choro tremendo. Era água por todo o lado e só dois lençóis foram o suficiente para enxaguar as lágrimas do komodore.

- Ora, não chores!! Pareces um bébé.. que coisa feia!! De birra... Sinceramente.., disse a Trixie.

Com tudo isto, ela soltou uma gargalhada pois o Migas...

...acabara de ser presenteado com uma "necessidade fisiológica" de uma andorinha

Ele fica todo envergonhado e danado com a pobre ave e limpa-se a um dos lençóis encharcados pelas lágrimas do komodore.

- Felizmente que os elefantes não voam - pensa a Trixie.

Nisto, ouvem-se uns ruídos de ossos a estalar. É o komodore que está a voltar ao tamanho normal. Mas parece não estar tudo bem com ele, anatomicamente falando. Parece que ficou com...

um olho maior que o outro... mas não se nota muito. Parece aquele Rodrigues dos Santos, que tanto de piscar o olho ficou com ele mais pequeno. Mas "agora isso não interessa nada", como costumam dizer.

Depois do tijolo arremessado pelo Migas, o Komodore decide ir ter com ele e diz...

- Vou comprar um Bobi! - exclama o Komodore. - Acho que é o elemento que falta nas nossas aventuras. Por exemplo, agora se eu tivesse um cão enquanto estive gigante, ele tinha-me mordido uma canela e podia ser que eu tivesse encolhido mais rapidamente.

- Oooh... Agora fizeram-me lembrar a minha Nicky. Já à muito tempo que não a vejo - diz a Trixie.

- Cães!! Que horror. Livra-te de arranjares um animal tão asqueroso que morde, cheira mal e baba-se. Eu tenho medo disso. - Diz o Migas. - Já fui mordido por um bicho assim. Lembro-me como se fosse ontem.

Nisto, o Migas começa a contar o trágico acontecimento:
- Estava um lindo dia, ...

... e o Migas pára de contar a sua história porque subitamente começa o terramoto!
Todos entraram em pânico mas a Trixie, especialista em situações de emergência, como esta, diz:
- Vá! Temos de ir todos para dentro de casa! O melhor sítio para nos protegermos é lá!
- Tens a certeza !? - responde o Migas.

A Trixie nem respondeu e desata a correr para o Hospital. Os amigos foram atrás dela, confiando nela. Passados os 40 segundos de pânico, a Trixie diz:
- ...

- Bem, secalhar saiamos daqui, que isto está tudo a cair. Não fazem estruturas como deve ser e depois é o que se vê.

Quando sairam do hospital não havia ninguém na rua. Estava tudo destruido, havia incêndios, inundações, carros de pernas para o ar, crateras no meio da estrada... Enfim, estava tudo um pandemónio.

- Deviamos dar uma volta por aqui para ver se vemos alguém. - Diz o komodore. - Podem haver feridos.

Deram algumas voltas pelas redondezas mas...

...nada, estava tudo em frente à televisão a ver a 10ª repetição do Natal dos Hospitais.
Pareciam zombies, nenhum desgrudava da tv e quando alguém pensava sequer em mudar de canal, começavam a rosnar e a babar-se feito uns loucos.

- Que estranho, diz o Migas.

De repente, a Trixie...

...tem uma ideia.

- Podiamos telefonar ao Tony Carreira, ao Marco Paulo ou mesmo à Ana Malhoa. Assim enquanto eles cantavam, as pessoas seguiam-nos, tipo flautista de Hamelin, e encaminhavam as pessoas para uma clínica de desintoxicação de Natal dos Hospitais. Ouvi dizer que essas clínicas têm obtido muito bons resultados.

- Então vá. Eu tenho aqui o número da Ana Malhoa, que arranjei... ehr... bem, não interessa onde, o que interesa é que tenho o contacto e vou-lhe ligar. - diz o Komodore.

Nisto, o Migas lembra-se...

que a Trixie tinha o CD da Popota.

- Trixie! Um dos teus CD's da Popota que te dei no Natal servia perfeitamente para os tirar da TV!
- Excelente ideia. - disse a Trixie.

Então a Trixie meteu o CD da Popota a dar mas o Komodore, de tanto nojo que tinha da música, partiu a aparelhagem da Trixie.
A Trixie, toda irritada, foi...

...foi-se embora a chorar.

Mas pelo menos os zombies deixaram a TV e voltaram à vida. Ou pelo menos era o que parecia....

Ao verem a Trixie num canto a chorar, todos os ex-zombies se aproximaram dela, o que fez com esta se encolhesse ainda mais no seu canto com medo do que lhe pudessem fazer.

Mas os zombies, que já não eram zombies, pegaram na Trixie e começaram a dizer em unissono "Trixie a presidente, Trixie a presidente...". Iam elevando cada vez mais o tom, até se ouvir apenas esse cântico: "Trixie a presidente, Trixie a presidente"!

A Trixie parecia estar a gostar de tanto protagonismo. Deu uma volta à cidade às cavalitas de um não-zombie bem-parecido e...

de repente, ela tornou-se numa zombie por magia!

Ela começou a dirigir-se para o Migas e o Komodore mas, como o Migas tinha no seu bolso um repelente de zombies, a Trixie começou a fugir desesperadamente. Passado uns minutos, ela tinha voltado ao normal e agradeceu ao Migas pela ajuda.

Entretanto, o Komodore...

... estava sentado a observar aquela cena.

Ao que a Trixie lhe diz:
- Eu bem que podia ter falecido, que tu continuavas ai sentadinho, não era?
- Hum... Não. Eu já lá ia. Estava só aqui a descansar as minhas cruzes. Já não tenho a vossa idade - diz o Komodore.
- Vá, não se zanguem. Vamos mas é comer um gelado para esquecer esta febre dos zombies. Pago eu! - anuncia o Migas.

E lá foram eles...

buscar uns gelados ao café.
O Migas foi logo aos mais caros enquanto que o Komodore e a Trixie (porque o Migas não deixou) só podiam comprar um até 70 cêntimos. Ambos escolheram um Supermaxi contrariados =P.
Entretanto, pelo caminho vêem a Dana, que tinha cara de aterrorizada! Ela dirigiu-se ao Komodore e disse:

- ...

- Mas o que é que tu estás a fazer? Não sabes que és alérgico a Supermaxi?

Assim que a Dana acabou de dizer isso, o Komodore começou a inchar e a ganhar umas bolhas assustadoramente grandes, que ameaçavam rebentar a qualquer instante. Ele caiu para o chão, com falta de ar.

- Rápido, tragam os medicamentos que estão naquela bolsa, o Komodore anda sempre com eles atrás. - disse a Dana.

O Migas apressou-se a ir buscar a medicação, porque no fundo sabia que se não fosse tão forreta, o Komodore tinha comido outro gelado e nada daquilo estaria a acontecer.

Entretanto, a Trixie...

, que continuava no papel de espetadora naquela situação, repara numa ambulância a passar e grita:
- Alguém que ligue ao 112! Eles chegam rápido.
O Migas lá telefonou ao 112 mas a ambulância já não se via... Lá teve a Dana de levar o Komodore no seu carro para o Hospital.
Passado uns dias, ele melhorou muito e mal viu o Migas disse:
- ...

- Seu amigo da onça. Eu podia ter morrido devido à tua forretice. Quando sair deste hospital exijo um gelado dos mais caros que encontrar. E estou farto de hospitais. Ultimamente tenho visitado muitos. Estou farto disto! Levem-me já para casa!

- Oh Komodore, não achas que estás a ser injusto? - Diz a Trixie. - Está bem que o Migas é forreta, mas tu já sabias que eras alérgico ao gelado. Para que é que o foste comer?

- Eles têm uma certa razão - diz a Dana. - O que é que te deu para comer aquilo? Podias ter morrido.

O Komodore ia para falar em sua defesa, mas...

mas perdeu a paciencia, porque anda cansadinho.
A trixie entra em cena e diz... PAROU! Este mes não vou ao almoço 1001

E assim foi, a Trixie não vai, o Migas nem sabe se vai, e o Komodore foi proibido pela Trixie de comparecer.
- Se eu não vou, tu também não vais!!!
- Mas... retorquiu o Komodore.
- Nem mas, nem meio mas.. Não e PONTO FINAL!!! disse a Trixie com cara de malvada.

Choramingas, o Komodore...