A nossa poesia

"Foi por becos e vielas,
Por entre portas e janelas,
Que ele parte, ele empurra,
Não vale a pena andar à turra,
Tudo não passa de um sonho,
Um ou outro monstro medonho,
O passado está mais perto,
O meu pensar está deserto,
De toda e qualquer situação.
Já me dói o coração!

Foram lágrimas derretidas,
No meu lenço estão perdidas,
No meu bolso encontrado,
Do meu pesar desanimado,
Tudo não passa de um sonho,
Um ou outro monstro medonho,
De toda e qualquer situação.
Já me dói o coração!

O futuro é assim,
Parte de um presente estragado,
De um passado desencontrado,
Pareces um puto mimado,
De um pesadelo que não tem fim!"

by komodore

"Tudo o que é demais é plenamente normal, pois estou desperto para um novo dia acordar e não mais tombar o corpo em descanso. Dormes descansada, sem saber que te quero a cada dia que passa. Despertas-te a minha vida para um novo dia, sem pesar, olhando uma recordação minha do nosso primeiro encontro. O mais curioso foi descobrir que eras o fruto do meu desejo nos meus sonhos, eras o ar que me acariciava suavemente, eras uma rara história inacabada, algo que eu não queria, nem quero, nem vou perder. Dás-me ilusões, histórias e amor. És uma nuvem branca rodeada de luz, parada em redor de mim, que toma o meu coração. Serás tu e sempre tu que guiarás os meus passos ao teu encontro, para as loucuras do nosso amor. És tu e serás sempre tu o meu amor, unicamente tu.
Esquece os sapatos de cristal, os palácios grandiosos, esmeraldas e rubis, vem comigo, guia-me e juntos, como um só, descobriremos o que faz falta ao nosso mundo, a verdadeira felicidade."

By komodore, 12 FEV 2004

"Corre, salta e pula,
Pela rua deambula,
Rapaz, uma criança amua,
Criança é sempre tua.
Corre, salta e pula,
Nos becos fechados,
Rapaz, foge aos maus olhados,
Dormem nas paredes recostados.
Tudo é, sem dor,
Sem olhar para onde se vê,
Crê-se ser algo maior,
Gente simples, indolor,
Nos jornais se embrulha e não lê.
Recorda então a miséria,
Deste país democrata,
Foge longe da desgraça,
Algo que não mata, e
Em que não se crê.
São políticos oriundos,
Falsos, jovens e logo
Se queixam com razão,
De clientes moribundos.
Se estes clientes estão mal,
Descobre-se a intenção,
Do Governo afundar Portugal,
Seu povo e sua Nação."

by komodore, 22 MAR 2004

"Colham louros,
Colham frutas,
Nesta terra ribeirinha,
Três maças.
Uma é tua,
Outra é minha.
A que sobra será então,
Para todo o meu povo,
Duas sardinhas na mão,
Um copo de tinto atestado,
Chega cheio é o reflexo,
Da dívida do estado.
A dúvida é então,
Como ficamos no meio disto,
Foram-se as sardinhas,
O copo vazou, e ela voltou.
Voltou e roubou,
Sem ninguém dar por isso,
Frutas, louros, tudo acabou,
Carteira vazia,
Ideias perdidas,
E se não fosse o riso das crianças,
Não sei o que seria,
Do nosso povo português,
Sem dinheiro, endividado,
Tudo é culpa do nosso Estado,
E da Ministra das Finanças."

by komodore, 16 ABR 2004

As vezes odeio-te!
Sim, as vezes penso que te odeio, mesmo quando sei que não!
odeio que mexas comigo,
odeio que tenhas uma qualquer capacidade crítica e admoesta de me dizeres o que deveras jamais me apeteceu ouvir,
e odeio que te dê ouvidos, porque tu não sabes mas eu dou,
mesmo quando te digo sempre que não!

As vezes odeio-te, mesmo quando sei que não!
porque encaro de frente a força que soltas nas palavras que me dizes, mesmo sabendo que não sabes como me sinto,
e como estou a deixar-me cair de novo nasqueles paradoxos fundamentais da minha vida, que nem ao silêncio confesso;

As vezes não aguento...
E tenho que dizer que estou mal, mesmo quando não te quero dizer, e odeio-te porque me dás vontade de te confessar pensamentos mil, e torna-te meu homizio quando não quero que o sejas!

odeio-te, porque é mais fácil dizer isto do que Gosto de Ti quando me quebras e não imaginas o quanto eu fico pelo chão.

Odeio-te.... ?? Não.. Eu sei que não, apenas gosto de ti!

Uma vez dei por mim a escrever um qualquer rabisco sobre palavras dificeís;
procurava-as na minha vida, procurava-as nas palavras dos outros, na intelectualidade que invejava por não ter em mim!
Vasculhei livros, perguntei para amigos, tudo servia para anotar:

"Palavra cara e seu significado"

Um tempo mais tarde, orgulhei-me da minha própria, desconhecida para a minha pessoa também, de saber conjungar estas mesmas palavras com outras que idem, conjungavam na perfeição cousas outras que á tanto queria dizer e não sabia escrever..
dei-me conta que já tinha uma grande lista,


- admoesto;
- belicoso;
- etc...

tantas outras mais...
e no entanto sabia-a incompleta, essa lista, que de tanto me orgulhava, a qual me incitava, a ser uma outra que outrora já fora e não souberá dizer;
Incompleta, pois, apesar de toda essa minha busca, tinha comigo sempre duas palavras que raramente e tão pouco sabia dizer, e que tantas vezes tentei falar:

-Desculpa,
-Eu gosto de ti!

Por vezes odeio-me...

Modesta palavra para sentimento vil que corre nas minhas veias de idiota, causador de dor e insano pensamento. Por vezes odeio-me mesmo, por continuar a acreditar na tua palavra, por continuar com os mesmos sentimentos por ti. Por pura e simplesmente dizer o que sinto, quando seria mais fácil mentir, apesar de perna curta.

Por vezes odeio-me...

Por dizer a verdade sem dó nem piedade, sem pensar no que sentes, como te sentes, e se a queres ouvir. Acho-me mau, pois coloco-te num pedestal de marfim, como se de um adorno te tratasses, quando não passas de ti mesma.

Odeio fazer um mau julgamento, de tão picuinhas que sou. Mas odeio-me por não saber encarar as pessoas sem pensar no que dizer, sem antes o proferir com o coração, e não com a palavra que me escorre desta mente ociosa.

Se seria mais fácil mentir? Por certo...

Se seria o mais indicado? Por ventura claro que não.. Sou um defensor da verdade a quanto obrigas...

Mas odeio-me não por todos estes pensamentos sem nexo, mas por apenas te ter magoado, e por fim, desaparecido da tua beira...

Odeio-me!

Acalmou-se-me o coração muito já depois das doze badaladas dadas pelo grande e já velho, cor de ouro, relógio de pé, sediado naquela sala agora escura onde agora nunca vou.
Acalmou-se-me o sentimento negro que assoberbava o meu peito e fazia perder o raciocínio obvio e claro que tanto estranhava o tanto tempo que havia resistido na pessoa que sou eu, tão negra quanto o preto que escorre nos meus dedos, tão só quanto quase sempre me sinto.
Senti cada tocar do pendulo, amarelo do tempo, que vai e não vem e fica no momento em que já se está a ir.
Senti cada palavra tua, cada aperto no teu peito, e arrependi-me de te ter deixado ficar sem um correcto adeus ou um beijo selado...
pensei saber emendar o meu erro, achava-me capaz de tal proeza que sei nunca ser capaz se não quando me calo e não digo o que penso;
Temo fazer-te mais mal que bem, mas não sei mais o que eu própria faço, e desfaço-me então, e procuro o meu tão desejado fio de Ariana que me parece a cada passo mais inalcansável e espero pelo caminho não tropeçar mais, nem te bloquear trilhos.
Despeço-me, que esta noite ainda será minha, e o dia de tão claro, somente chegar no meu serrar de olhos, e com ele, espero uma rude esperança, de um perdão em ti achar...

O meu coração não se acalma, arrasta-se confiante de um novo dia mas triste pelas palavras que não proferiu...

Sonhos negros na vida de princesa


Tal e qual se imaginaria uma Princesa de um qualquer conto de fadas:
cabelos cacheados, de um loiro brilhante, com tons de mar em seus olhos puros, e um sorriso deslumbrante, uma menina já moça, uma esposa ainda menina!
Sempre teve uma vida de sonho, foi inveja de umas quantas e amor de tantos mais, foi sempre pura e confiante, de um sincero amor conseguir encontrar.
E como seria o sonho de qualquer menina a se realizar, subir rumo ao altar, carregando no peito todo o amor do mundo e no seu bonitinho vestido branco sonhos de encantar;
Vive num castelo dos mais bonitos, com o esposo a condizer, mas nem tudo é como se vê, e uma fachada há para se descobrir;
E em muitas noites escuras, viu o encanto se quebrar, os sonhos desfiguraram-se e o final não era o que imaginara, Princesa de sonhos mil, amor de uns quantos por encontrar, vive presa em seu domicílio, com o esposo que a maltrata, desfaz-se em lágrimas as escondidas, pela vergonha da verdade contar, pobre menina perdida no sonho, sem o seu final feliz saber onde achar.

Quem me dera ter a vossa imaginação! Se alguém me pedir para fazer um poema ou algo parecido sai sempre uma coisa que nem texto é!
Tive a ler alguns aqui e adorei o que li! Uns que me fazem pensar, outros que se enquadram totalmente em mim... PARABÉNS!
Só espero que continuem a escrever aqui porque há muito talento =P!

migas94 escreveu:Quem me dera ter a vossa imaginação! Se alguém me pedir para fazer um poema ou algo parecido sai sempre uma coisa que nem texto é!
Tive a ler alguns aqui e adorei o que li! Uns que me fazem pensar, outros que se enquadram totalmente em mim... PARABÉNS!
Só espero que continuem a escrever aqui porque há muito talento =P!

então e porque não partilhas também os teus para nós lermos?

Dana_bebek escreveu:

migas94 escreveu:Quem me dera ter a vossa imaginação! Se alguém me pedir para fazer um poema ou algo parecido sai sempre uma coisa que nem texto é!
Tive a ler alguns aqui e adorei o que li! Uns que me fazem pensar, outros que se enquadram totalmente em mim... PARABÉNS!
Só espero que continuem a escrever aqui porque há muito talento =P!

então e porque não partilhas também os teus para nós lermos?

lol... eu não tenho jeito para isso! mal sei escrever uma frase direitinha... agora escrever uma coisa "estilo poema"... vai parecer praticamente que estou a assassinar algumas palavras =P ... por agora dispenso. Quando estiver mais confiante no que escrevo, talvez me vejam aqui a escrever um textinho ou dois =P

sabes, os nossos melhores textos são aqueles que não são pensados, são os que apenas são a escrita daquilo que estamos a pensar e a sentir

pois eu sei mas eu sou uma pessoa muito tímida e é muito dificil para mim libertar o que penso... eu na vida real já não falo muito com as pessoas e para mim escrever um poema/texto vai ser dificil... mas talvez um dia destes tente escrever um para ver se ganho confiança em mim mesmo ... vai ser um desafio mas vou tentar =P

quando quiseres estaremos aqui lol

A Amizade Verdadeira...

É saber que temos um amigo com quem contar
E o amigo saber que pode contar connosco.

É saber que iremos fugir à solidão
E o amigo saber que nos ajuda nisso.

É saber que a nossa vida faz sentido
E o amigo saber que a dele agora também faz.

É saber que ganhamos momentos de felicidade
E o amigo saber que faz parte disso.

É saber que temos um amigo para a vida inteira
E o amigo saber que eu nunca o irei esquecer.

É saber que temos um amigo com quem contar
E o amigo saber que tem um amigo com que contar.

É saber que o amigo sabe que temos uma amizade verdadeira
E o amigo saber que eu sei que temos uma amizade verdadeira.

:palmas:

Dana_bebek escreveu: :palmas:

lá me conseguiste convencer a escrever =P

Acho que nunca me conheces-te;
Nem em todos aqueles dias que passamos juntos, nem em todas as palavras que trocamos;
Nunca soubes-te tocar o meu coração como eu queria;
Não soubes-te que a melhor prenda que me darias seria apenas o facto de me dizeres o quanto me querias dar tudo ao invés de apenas dar;
Achavas que a melhor prenda que me poderias dar seria a mais cara e que todas as outras queriam, ao invés de uma única e bonita rosa vermelha como tantas vezes te pedi;
Não sabias que não precisava de passar fins de semana luxuosos em lugares longínquos, quando tudo o que mais queria era um dia inteiro passado na cama assintindo um qualquer filme abraçada a ti e sem pensar no resto do mundo;
Desconhecias que eu seria capaz de tudo para te fazer feliz, e que só esperava de ti o teu amor;
E apenas quando quebras-te todas as esperanças de um sonho de adolescente que só procurava um amor verdeiro, deste-te conta de que nunca me tinhas conhecido e que apenas vias em mim a namoradinha de liceu inocente demais para acreditar que me quebrarias o coração;
E só tarde demais, tentas-te ser verdadeiro, e conquistar a mulher que eu já era e que um dia desejei ser para ti, pena, chegares tarde demais!
Hoje não passas de um vulgar homem, cuja mulher maltrata e te rebaixa, e que quando já grávida de ti queria correr para os braços do pai da filha ainda com o casamento por ela estragado, e revês em mim a vida que esperavas e que eu te havia prometido e que tu simplesmente desperdiças-te...
Um dia eu disse, que o mundo daria ainda muitas voltas.... e a verdade é que deu mesmo!

migas94 escreveu:

Dana_bebek escreveu: :palmas:

lá me conseguiste convencer a escrever =P

e que bem que escreves-te viste?
ah, e já vi que és bom fotografo também, parabens

Dana_bebek escreveu:

migas94 escreveu:

Dana_bebek escreveu: :palmas:

lá me conseguiste convencer a escrever =P

e que bem que escreves-te viste?
ah, e já vi que és bom fotografo também, parabens

obrigado pelos elogios

de nada

Hoje é Terça
E a semana ainda mal começou
E eu fico a pensar
"Pelo menos este instante já passou"

Olho pela janela
E vejo o céu nublado
E eu fico a pensar
"Eu bem podia não ter acordado"

De repente vejo uma velha
Coitadita! Mal se consegue mexer
E eu fico a pensar
"Pelo menos uma bela vida deve ter"

Sinto-me só neste lar
E não há ninguém que um bom dia me ofereça
E eu fico a pensar
"Eu detesto tanto as terças"

Às vezes é melhor estar a dormir
Para a solidão não me consumir
E eu fico a pensar
"Ao estado em que eu fui parar!"

Um segundo está a equivaler a uma hora
E o tempo está a demorar a passar
E eu fico a pensar
"Até o tempo parou para mim agora!?"

Nunca mais chegam os momentos de felicidade
Estou assim já há uma eternidade
E eu fico a pensar
"Quem me dera que agora estivesse a sonhar"

O fim-de-semana é a minha salvação
É quando a felicidade me tenta tocar no coração
Mas hoje é terça
E a semana ainda mal começou

Muito bem Migas...

Excelente!!!