releituras 1001
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Re: releituras 1001
Tenho mania de gente...
mas, não é de gente qualquer,
é de gente que atravessa
os olhos da gente,
que não pede permissão,
gente espaçosa...
que ocupa todas
nossas lacunas,
que vem de encontro
com a gente,
mesmo quando há indecisão...
Gente que abraça com o
corpo todo,
que se joga do último andar,
da vida, da ilusão...
gente que se despe da pele,
e escancara o espírito,
gente de alma larga, alta e profunda,
que irradia sol e beija
o forro da lua,
gosto de gente as soltas,
escorrendo pelos
cantos do mundo,
dançando no meio
da rua...
mas, não é de gente qualquer,
é de gente que atravessa
os olhos da gente,
que não pede permissão,
gente espaçosa...
que ocupa todas
nossas lacunas,
que vem de encontro
com a gente,
mesmo quando há indecisão...
Gente que abraça com o
corpo todo,
que se joga do último andar,
da vida, da ilusão...
gente que se despe da pele,
e escancara o espírito,
gente de alma larga, alta e profunda,
que irradia sol e beija
o forro da lua,
gosto de gente as soltas,
escorrendo pelos
cantos do mundo,
dançando no meio
da rua...
Re: releituras 1001
Sorvo calmo a garapa da vida,
esmigalhada, moída...
estraçalho cada gomo
oferecido pelo tempo,
em seu lento
gemido, e
ruidosas gargalhadas...
sorvo com impertubável sorriso,
e olhos de engenho,
nesta paz inviolável
sigo,
lamento,
embrenho,
dócil,
doce,
inflexível,
Monto a engenhoca da vida,
e môo seu juizo,
no estalo da cana madura,
jorra o melaço
dos dias,
E sigo lambuzado de
esperas,
nas madrugadas frias, a fio,
doce...doce... doce...no ranger
dos paus da moenda,
e ferroadas do ferrão frio
grita o moedor... Eiaaa...
[sigo]
persigo,
prossigo,
sou a calma resignada
dos bois...
meu amigo!
esmigalhada, moída...
estraçalho cada gomo
oferecido pelo tempo,
em seu lento
gemido, e
ruidosas gargalhadas...
sorvo com impertubável sorriso,
e olhos de engenho,
nesta paz inviolável
sigo,
lamento,
embrenho,
dócil,
doce,
inflexível,
Monto a engenhoca da vida,
e môo seu juizo,
no estalo da cana madura,
jorra o melaço
dos dias,
E sigo lambuzado de
esperas,
nas madrugadas frias, a fio,
doce...doce... doce...no ranger
dos paus da moenda,
e ferroadas do ferrão frio
grita o moedor... Eiaaa...
[sigo]
persigo,
prossigo,
sou a calma resignada
dos bois...
meu amigo!
Re: releituras 1001
Enganando a Morte
Sentado no terraço de sua casa de campo, o multimilionário Silva olhava para o rio. A calmaria das águas contrastava com a agitação que sentia no seu âmago. Aos seus ouvidos soava ainda a voz do médico, seu amigo de há longos anos.
- Lamento informá-lo, Silva, mas você tem cancro. Dissera-lhe o médico, pesaroso. Acrescentara: – No pâncreas. Incurável.
- Mas, doutor mande-me para um dos seus colegas. Como sabe, dinheiro não é problema. Argumentara Silva, chocado com a notícia.
- Lamento, mas não há cura. Com esse tipo de cancro e a sua idade
O médico tinha razão, cancro no pâncreas e os seus 80 anos eram incompatíveis com uma recuperação e com a sobrevivência. O médico dissera-lhe que só teria uns seis meses de vida. Ora, essa conversa acontecera há cerca de quatro meses, pelo que só lhe restariam uns dois meses de vida. Apesar de possuir uma idade bastante avançada, Silva não se sentia nada velho. Na verdade, até lhe ser diagnosticado o cancro, Silva escalara montanhas, praticara desportos radicais, mergulhara nas zonas mais profundas dos oceanos, pilotara o seu avião ultra-leve. Enfim, fazia uma vida activa, capaz de fazer de inveja a qualquer aventureiro. Para Silva, idade não era sinónimo de velhice. Quando o médico lhe lera a sentença de morte, Silva correu todos os milagreiros, cientistas e médicos na procura de uma solução. Agora, jazia sentado numa cadeira, com o doseador automático de morfina, que lhe aliviava as dores e que lhe distorcia a noção da realidade. E aguardava. Não a morte que o amigo médico lhe vaticinara, mas a vida que um outro ?amigo? lhe prometera a troco de grande parte da sua fortuna.
No mês anterior, durante a sua procura pela cura, um dos médicos consultados dissera-lhe que havia uma solução, nova e radical: a troca de corpo. Deveria ser escolhida uma pessoa com um corpo jovem e saudável. Depois, bastaria efectuar um transplante cerebral e implantar o cérebro de Silva no novo corpo. Assim, enganaria a morte e simultaneamente rejuvenescia. Inicialmente, Silva achara a ideia ficcional e macabra. Até porque implicaria a morte de um inocente. Depois, com o surgimento das dores, com a utilização continuada da morfina, começou a ver tudo de outra perspectiva. Entrou em contacto com o médico e disse-lhe que aceitava.
Olhava ainda o rio, quando o médico chegou junto de si. Trazia-lhe notícias sobre os potenciais dadores de corpos.
- Agora vamos ver as fotos dos potenciais dadores. O primeiro é um indivíduo negro. Desportista, robusto, praticante de artes marciais, de 20 anos.
? Passou-lhe a foto correspondente. ? O seguinte é um caucasiano de 19 anos, praticante de desportos radicais, com uma excelente constituição física.
Fez uma pausa, para o milionário analisar as duas fotos.
- O seguinte é um indiano, de 22 anos, praticante de Yoga, com uma flexibilidade impressionante. ? Fez mais uma pequena pausa para o doente ver a terceira foto. ? Sr. Silva, qual destes três escolhe para seu futuro corpo?
Silva olhou para as fotos com atenção e efectuou a sua escolha. Decidiu-se pelo caucasiano. Não por uma questão de raça, mas pelo facto de ser o mais novo dos três e por, tal como ele, ser praticante de desportos radicais.
Silva transferiu parte do pagamento acordado para o médico e marcaram a operação para dali a três dias. O outro saiu e Silva ficou novamente sozinho. Anoitecera. Inspirou fundo e olhou de novo para o rio e depois para o zénite. As estrelas e a lua – em quarto crescente – brilhavam, como que sorrindo para Silva.
Os três dias passaram a correr. A operação foi preparada. O dador foi raptado e anestesiado. Depois, foi a vez do milionário. A operação demorou cerca de 20 horas. No final, restava um corpo de oitenta anos descerebrado e morto, um cérebro de dezanove anos sem actividade cerebral e um corpo de dezanove anos, no qual se restabeleciam as sinapses cerebrais com um cérebro de 80 anos.
Conforme planeado, com pompa e circunstância, foi anunciada, à sociedade, a morte do milionário Silva. Foi ainda apregoado que um seu descendente, de dezanove anos, desportista radical, até então desconhecido da sociedade, era o seu único e universal herdeiro. A notícia saiu em todos os jornais e tablóides e nas revistas ?cor-de-rosa?.
Entretanto, Silva recuperava da operação. Sentia-se rejuvenescido. Não que alguma vez, mesmo no corpo original, se tivesse sentido velho, mas neste corpo, sem doença, na flor da juventude, sentia os músculos corresponderem aos seus desejos, às suas ordens. Era maravilhoso! O médico que lhe propusera e efectuara o transplante estava fascinado com a facilidade com que o milionário convalescia. Parecia que o corpo do dador tinha uma magia, uma mística, uma extrema capacidade de recuperação.
Silva também estava fascinado. Com esse novo vigor, deram-lhe alta ao fim de poucos dias. E, como tal, deslocou-se até à sua casa de campo. Ficaria ali naquela noite. No dia seguinte, iria praticar desportos radicais. Deslocou-se até ao terraço. A noite caia. A lua cheia começava por dominar o céu estrelado. E parecia exercer sobre si uma estranha atracção. Primeiro uma espécie de corrente eléctrica percorreu-lhe o corpo. Depois, sentiu os seus sentidos apurarem-se muitíssimo. Em seguida, sentiu-se tomado por um desejo insaciável de sangue. Sentiu o corpo alongar-se, encurvar-se e encher-se de pelos. Cresceram-lhe as unhas. Sentia-se forte e invencível. Uivou à lua e debruçou-se sobre o rio. A figura de um ser mitológico, algo entre um homem e um lobo, reflectiu-se nas águas cristalinas. Soltou um estridente urro. Horrorizado, e entre os poucos laivos de humanidade que ainda possuía, Silva compreendeu que se tinha metamorfoseado num lobisomem. O rapaz com quem trocara de corpo era um lobisomem! A bestialidade apoderou-se de Silva. O desejo de sangue intensificou-se.
Soltava um novo urro e preparava-se para formar um salto e desaparecer no bosque, quando soou um forte estampido e sentiu uma dor aguda que lhe atravessava o peito. Caiu redondo no chão. Enquanto se voltava a transformar em ser humano, sentiu-se ferido de morte e reparou que lhe escorria um fio de sangue do seu peito. Quase sem forças, olhou em volta e viu um estranho que lhe sorria, ironicamente.
- Há mais de dois anos que te seguia, meu jovem lobisomem! ? Disse-lhe o estranho ? E, finalmente, hoje apanhei-te.
- Mas, ? – tentou Silva argumentar, enquanto sentia o vazio apoderar-se de si.
- Pois, tinha-te perdido o rasto, conseguiste fugir de mim. Até que vi a notícia que o velho Silva tinha falecido e que um jovem bisneto era o seu herdeiro.
Nem sabes o quanto fiquei admirado ao ver a tua foto no jornal e descobrir que eras tu o herdeiro. Bastou-me vigiar a casa e aguardar a lua cheia. Depois, foi só esperar a tua transformação em lobisomem e disparar contra ti uma bala de prata? Já falta pouco para passares à história?
Silva, num último rasgo de lucidez, antes que o vazio do abismo e do esquecimento eterno se apoderasse de si, balbuciou, perante um atónito caçador de lobisomens:
- Tentei enganar a morte? mas a morte trocou-me as voltas?
*FIM*
Texto escrito por: João Manuel da Silva Rogaciano
Sentado no terraço de sua casa de campo, o multimilionário Silva olhava para o rio. A calmaria das águas contrastava com a agitação que sentia no seu âmago. Aos seus ouvidos soava ainda a voz do médico, seu amigo de há longos anos.
- Lamento informá-lo, Silva, mas você tem cancro. Dissera-lhe o médico, pesaroso. Acrescentara: – No pâncreas. Incurável.
- Mas, doutor mande-me para um dos seus colegas. Como sabe, dinheiro não é problema. Argumentara Silva, chocado com a notícia.
- Lamento, mas não há cura. Com esse tipo de cancro e a sua idade
O médico tinha razão, cancro no pâncreas e os seus 80 anos eram incompatíveis com uma recuperação e com a sobrevivência. O médico dissera-lhe que só teria uns seis meses de vida. Ora, essa conversa acontecera há cerca de quatro meses, pelo que só lhe restariam uns dois meses de vida. Apesar de possuir uma idade bastante avançada, Silva não se sentia nada velho. Na verdade, até lhe ser diagnosticado o cancro, Silva escalara montanhas, praticara desportos radicais, mergulhara nas zonas mais profundas dos oceanos, pilotara o seu avião ultra-leve. Enfim, fazia uma vida activa, capaz de fazer de inveja a qualquer aventureiro. Para Silva, idade não era sinónimo de velhice. Quando o médico lhe lera a sentença de morte, Silva correu todos os milagreiros, cientistas e médicos na procura de uma solução. Agora, jazia sentado numa cadeira, com o doseador automático de morfina, que lhe aliviava as dores e que lhe distorcia a noção da realidade. E aguardava. Não a morte que o amigo médico lhe vaticinara, mas a vida que um outro ?amigo? lhe prometera a troco de grande parte da sua fortuna.
No mês anterior, durante a sua procura pela cura, um dos médicos consultados dissera-lhe que havia uma solução, nova e radical: a troca de corpo. Deveria ser escolhida uma pessoa com um corpo jovem e saudável. Depois, bastaria efectuar um transplante cerebral e implantar o cérebro de Silva no novo corpo. Assim, enganaria a morte e simultaneamente rejuvenescia. Inicialmente, Silva achara a ideia ficcional e macabra. Até porque implicaria a morte de um inocente. Depois, com o surgimento das dores, com a utilização continuada da morfina, começou a ver tudo de outra perspectiva. Entrou em contacto com o médico e disse-lhe que aceitava.
Olhava ainda o rio, quando o médico chegou junto de si. Trazia-lhe notícias sobre os potenciais dadores de corpos.
- Agora vamos ver as fotos dos potenciais dadores. O primeiro é um indivíduo negro. Desportista, robusto, praticante de artes marciais, de 20 anos.
? Passou-lhe a foto correspondente. ? O seguinte é um caucasiano de 19 anos, praticante de desportos radicais, com uma excelente constituição física.
Fez uma pausa, para o milionário analisar as duas fotos.
- O seguinte é um indiano, de 22 anos, praticante de Yoga, com uma flexibilidade impressionante. ? Fez mais uma pequena pausa para o doente ver a terceira foto. ? Sr. Silva, qual destes três escolhe para seu futuro corpo?
Silva olhou para as fotos com atenção e efectuou a sua escolha. Decidiu-se pelo caucasiano. Não por uma questão de raça, mas pelo facto de ser o mais novo dos três e por, tal como ele, ser praticante de desportos radicais.
Silva transferiu parte do pagamento acordado para o médico e marcaram a operação para dali a três dias. O outro saiu e Silva ficou novamente sozinho. Anoitecera. Inspirou fundo e olhou de novo para o rio e depois para o zénite. As estrelas e a lua – em quarto crescente – brilhavam, como que sorrindo para Silva.
Os três dias passaram a correr. A operação foi preparada. O dador foi raptado e anestesiado. Depois, foi a vez do milionário. A operação demorou cerca de 20 horas. No final, restava um corpo de oitenta anos descerebrado e morto, um cérebro de dezanove anos sem actividade cerebral e um corpo de dezanove anos, no qual se restabeleciam as sinapses cerebrais com um cérebro de 80 anos.
Conforme planeado, com pompa e circunstância, foi anunciada, à sociedade, a morte do milionário Silva. Foi ainda apregoado que um seu descendente, de dezanove anos, desportista radical, até então desconhecido da sociedade, era o seu único e universal herdeiro. A notícia saiu em todos os jornais e tablóides e nas revistas ?cor-de-rosa?.
Entretanto, Silva recuperava da operação. Sentia-se rejuvenescido. Não que alguma vez, mesmo no corpo original, se tivesse sentido velho, mas neste corpo, sem doença, na flor da juventude, sentia os músculos corresponderem aos seus desejos, às suas ordens. Era maravilhoso! O médico que lhe propusera e efectuara o transplante estava fascinado com a facilidade com que o milionário convalescia. Parecia que o corpo do dador tinha uma magia, uma mística, uma extrema capacidade de recuperação.
Silva também estava fascinado. Com esse novo vigor, deram-lhe alta ao fim de poucos dias. E, como tal, deslocou-se até à sua casa de campo. Ficaria ali naquela noite. No dia seguinte, iria praticar desportos radicais. Deslocou-se até ao terraço. A noite caia. A lua cheia começava por dominar o céu estrelado. E parecia exercer sobre si uma estranha atracção. Primeiro uma espécie de corrente eléctrica percorreu-lhe o corpo. Depois, sentiu os seus sentidos apurarem-se muitíssimo. Em seguida, sentiu-se tomado por um desejo insaciável de sangue. Sentiu o corpo alongar-se, encurvar-se e encher-se de pelos. Cresceram-lhe as unhas. Sentia-se forte e invencível. Uivou à lua e debruçou-se sobre o rio. A figura de um ser mitológico, algo entre um homem e um lobo, reflectiu-se nas águas cristalinas. Soltou um estridente urro. Horrorizado, e entre os poucos laivos de humanidade que ainda possuía, Silva compreendeu que se tinha metamorfoseado num lobisomem. O rapaz com quem trocara de corpo era um lobisomem! A bestialidade apoderou-se de Silva. O desejo de sangue intensificou-se.
Soltava um novo urro e preparava-se para formar um salto e desaparecer no bosque, quando soou um forte estampido e sentiu uma dor aguda que lhe atravessava o peito. Caiu redondo no chão. Enquanto se voltava a transformar em ser humano, sentiu-se ferido de morte e reparou que lhe escorria um fio de sangue do seu peito. Quase sem forças, olhou em volta e viu um estranho que lhe sorria, ironicamente.
- Há mais de dois anos que te seguia, meu jovem lobisomem! ? Disse-lhe o estranho ? E, finalmente, hoje apanhei-te.
- Mas, ? – tentou Silva argumentar, enquanto sentia o vazio apoderar-se de si.
- Pois, tinha-te perdido o rasto, conseguiste fugir de mim. Até que vi a notícia que o velho Silva tinha falecido e que um jovem bisneto era o seu herdeiro.
Nem sabes o quanto fiquei admirado ao ver a tua foto no jornal e descobrir que eras tu o herdeiro. Bastou-me vigiar a casa e aguardar a lua cheia. Depois, foi só esperar a tua transformação em lobisomem e disparar contra ti uma bala de prata? Já falta pouco para passares à história?
Silva, num último rasgo de lucidez, antes que o vazio do abismo e do esquecimento eterno se apoderasse de si, balbuciou, perante um atónito caçador de lobisomens:
- Tentei enganar a morte? mas a morte trocou-me as voltas?
*FIM*
Texto escrito por: João Manuel da Silva Rogaciano
Re: releituras 1001
A dona Morte não espera por ninguém,
Vem ter connosco quando lhe convém,
A dona Morte não é maldizente,
Apenas sincera, incompreendida pela gente.
Dona Morte,
Com seu jeito engraçado,
Sua sina malfadado,
Sorria para a vida..
Vem ter connosco quando lhe convém,
A dona Morte não é maldizente,
Apenas sincera, incompreendida pela gente.
Dona Morte,
Com seu jeito engraçado,
Sua sina malfadado,
Sorria para a vida..
komodore- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
Lá fora...
Para lá destas paredes grossas,
Debotadas pelo tempo que ninguém conta,
Impregnadas do cheiro acre da farmacopeia
E dos odores fétidos dos excrementos humanos,
A cidade, quando não se diverte,
Dorme pachorrentamente
Insensível, indiferente à dor alheia.
Aqui...
Para cá destas paredes grossas e debotadas
Pelo tempo que ninguém vê,
Os ais, os gemidos e os lamentos
Baralham-se numa sinfonia de esgares
Aplaudindo a luta titânica da vida e da morte
Enquanto a matéria apodrecida se esvai em seus vagares.
Rafael, Inverno 1999
Para lá destas paredes grossas,
Debotadas pelo tempo que ninguém conta,
Impregnadas do cheiro acre da farmacopeia
E dos odores fétidos dos excrementos humanos,
A cidade, quando não se diverte,
Dorme pachorrentamente
Insensível, indiferente à dor alheia.
Aqui...
Para cá destas paredes grossas e debotadas
Pelo tempo que ninguém vê,
Os ais, os gemidos e os lamentos
Baralham-se numa sinfonia de esgares
Aplaudindo a luta titânica da vida e da morte
Enquanto a matéria apodrecida se esvai em seus vagares.
Rafael, Inverno 1999
komodore- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
qiu escreveu:mais um lindo .......
Este último está assinado pelo meu avê Rafael... é dele a minha escrita.
komodore- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
“Sei que não vinhas a fugir de nada, nem à procura de coisa nenhuma. Mas acho que, quando eras pequeno, te arrancaram uma parte de ti, e desde então ficaste incompleto e perdeste, quem sabe talvez para sempre, a capacidade de adormecer nos braços de alguém sem que penses no perigo de ficar na armadilha do carinho para todo o sempre.”
M.R.P.
M.R.P.
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
“E quem ama, até pode estar apaixonado, mas nada chega ao amor quando o amor chega e entra na nossa vida, muda tudo e tudo na vida muda. O que havia antes apaga-se, deixa de ter sentido, reduz-se à sua insignificância de passado que já passou.
Amar alguém é começar a viver outra vez, terminou-se uma viagem e começa-se. Esquecem-se as desilusões, o medo de falhar, e aqueles que nos amaram ou que nós pensamos ter amado morrem sem dor dentro dos álbuns de fotografia e molhes de cartas desmaiadas, já sem voz nem lugar.”
M.R.P.
Amar alguém é começar a viver outra vez, terminou-se uma viagem e começa-se. Esquecem-se as desilusões, o medo de falhar, e aqueles que nos amaram ou que nós pensamos ter amado morrem sem dor dentro dos álbuns de fotografia e molhes de cartas desmaiadas, já sem voz nem lugar.”
M.R.P.
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
"Tudo isto penso, sem nunca te dizer nos mails, em vez disso mostro-me interessada na tua viagem, nas aventuras que vais vivendo, nos sitios por onde já passaste. E nunca te pergunto quando voltas. Sei que, quando decidires será por ti e apenas por ti. Agora percebo o que querias dizer naquele almoço, quando falavas de generosidade e de amizade. Esqueceste-te de dizer individualismo. És uma pessoa avulso, Miguel, há procura da tua alma do outro lado do mundo, e eu tenho-a aqui adormecida nas mãos e não sei o que fazer dela, porque a tua alma se fundiu, em tempos com a minha e não consigo olhar para dentro do meu coração sem te ver lá, mesmo que tenhas escolhido outro caminho.Os destinos vivem-se como uma outra vida e eu tento todos os dias - acredita, porque é mesmo verdade - olhar para os dias e enchê-los sem ti. Mas em vez disso, comtemplo-os como se não fosse eu a vivê-los, enquanto treino em surdina um verbo novo, que quer queira quer não, vou ter que aprender a conjugar em todos os tempos e modos. o mesmo verbo que me deu força quando a minha mãe morreu:o verbo aceitar. Aceitar que já me amaste, que nada é eterno e tudo muda, que a vida é feita de momentos, que devia estar-te grata por todo o amor que me deste, pela tua frontalidade e sinceridade. Aceitar que o meu amor por ti não te podia roubar a juventude, aceitar a perda e a ausência daqueles que amo. Amar alguém é deixa-lo partir, olhar o céu e ver na dança da lua um momento qualquer em que talvez voltes, sem nada pedir nem nunca esperar..."
Margarida In " Alma de Pássaro"
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
Lembro-me de te ver passar diante de mim. Lembro-me de meus amigos e irmão olharem para o teu semblante com aar de interesse, e eu, jovem, de cabelo comprido e muita alegria no olhar, fui, entre homens de corpo e meio, o escolhido para trocar contigo umas palavras, um romance, um clima de paixão.
Irritados, perguntaram o que tinha a mais que eles, homens mais experientes, maduros, corpanzudos. Apenas respondi que gostava não de olhar para uma mulher com olhos de comida, mas sim de falar com uma mulher com ouvidos de preocupação.
Nada como um episódio real para começar bem o dia.
Irritados, perguntaram o que tinha a mais que eles, homens mais experientes, maduros, corpanzudos. Apenas respondi que gostava não de olhar para uma mulher com olhos de comida, mas sim de falar com uma mulher com ouvidos de preocupação.
Nada como um episódio real para começar bem o dia.
komodore- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
“Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.”
Margarida Rebelo Pinto
Margarida Rebelo Pinto
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
Alfabeto do Amor
O QUE SE FAZ COM O A?
- O A é muito bonito..... o A é de Amor, de Amizade.
- Oh, parece-me que gosto muito desta letra.
E COM O B? O QUE SE FAZ?
- O B...... espera, fecha os olhos!
- Oh, deste-me um Beijo!
PARA QUE SERVE O C?
- O C..... O C é o Casal, a Casa, o Casamento......
- Hum, já me estou a sentir mais quentinha!
E O D?
- Damos as mãos..... é Dar... amor.
- Chiu... Deixa ouvir os nossos corações!
E COM O E?
- É simples.... temos Esperança... na letra seguinte.
E O F, PARA QUE SERVE?
- Com o F, escreve-se o Futuro!
- Ai, estou as corar!
O QUE FAZ O G?
- O G serve para Ganhar... coragem. É importante!
E O H?
- O H significa Hipótese....
- Ah, parece-me que estou a perceber.
E O I?
- O I é..... o Idílio.... o paraíso...
- Oh, tão bom! Existe?
E O J? O QUE FAZ?
- O J..... Julgar, Julgaremos........ Julgo que ainda é um sonho... nós!
E O L?
- O L é a Lua-de-mel.
- Oh, estou a corar!
PARA QUE SERVE O M?
- O M é..... o Matrimónio.
- Chiu!... Deixa ouvir a Marcha nupcial!
E O N?
- O N..... malandrice.... é a Noite de Núpcias!
- É pá!.... (aqui fez-se silêncio)
PARA QUE SERVE O O?
- Com o O.......... Ouvimos cantar os passarinhos...
E O P? PARA QUE SERVE?
- O P é muito importante........ são os Pais.
O QUE FAZ O Q?
- Com o Q..... Queremos que o amor continue.... para sempre!
E PARA QUE SERVE O R?
- É o Resultado.......... e o Resultado é..... muita felicidade.
E O S?
- Com o S...... aqui Sorrimos um para o outro.
PARA QUE SERVE O T?
- O T... és TU...... é o Teu nome... é Tudo o que é bom.
- Vês! Eu Também sei....
O QUE FAZ O U?
- É a União.... é estarmos sempre Unidos.
E O V?
- É a Vida..... O V é... Viver!
E O X? O QUE FAZ?
- Olha, do X não gosto...... PRONTO!
E O Z?
- O Z..... Zangar, Zangados!
NÃO!NÃO!NÃO!.............................
O QUE SE FAZ COM O A?
- O A é muito bonito..... o A é de Amor, de Amizade.
- Oh, parece-me que gosto muito desta letra.
E COM O B? O QUE SE FAZ?
- O B...... espera, fecha os olhos!
- Oh, deste-me um Beijo!
PARA QUE SERVE O C?
- O C..... O C é o Casal, a Casa, o Casamento......
- Hum, já me estou a sentir mais quentinha!
E O D?
- Damos as mãos..... é Dar... amor.
- Chiu... Deixa ouvir os nossos corações!
E COM O E?
- É simples.... temos Esperança... na letra seguinte.
E O F, PARA QUE SERVE?
- Com o F, escreve-se o Futuro!
- Ai, estou as corar!
O QUE FAZ O G?
- O G serve para Ganhar... coragem. É importante!
E O H?
- O H significa Hipótese....
- Ah, parece-me que estou a perceber.
E O I?
- O I é..... o Idílio.... o paraíso...
- Oh, tão bom! Existe?
E O J? O QUE FAZ?
- O J..... Julgar, Julgaremos........ Julgo que ainda é um sonho... nós!
E O L?
- O L é a Lua-de-mel.
- Oh, estou a corar!
PARA QUE SERVE O M?
- O M é..... o Matrimónio.
- Chiu!... Deixa ouvir a Marcha nupcial!
E O N?
- O N..... malandrice.... é a Noite de Núpcias!
- É pá!.... (aqui fez-se silêncio)
PARA QUE SERVE O O?
- Com o O.......... Ouvimos cantar os passarinhos...
E O P? PARA QUE SERVE?
- O P é muito importante........ são os Pais.
O QUE FAZ O Q?
- Com o Q..... Queremos que o amor continue.... para sempre!
E PARA QUE SERVE O R?
- É o Resultado.......... e o Resultado é..... muita felicidade.
E O S?
- Com o S...... aqui Sorrimos um para o outro.
PARA QUE SERVE O T?
- O T... és TU...... é o Teu nome... é Tudo o que é bom.
- Vês! Eu Também sei....
O QUE FAZ O U?
- É a União.... é estarmos sempre Unidos.
E O V?
- É a Vida..... O V é... Viver!
E O X? O QUE FAZ?
- Olha, do X não gosto...... PRONTO!
E O Z?
- O Z..... Zangar, Zangados!
NÃO!NÃO!NÃO!.............................
Re: releituras 1001
Era uma vez...uma luz, que vivia no palácio da ignorância. Era uma luz muito bela, que vivia do doce dos sentidos....e da vida....
Era uma bela luz, de olhos esverdeados e calor imenso. Sorria à vida…e às cores....Os dias perdiam-se na noite e a noite aquecia-se nos sonhos.....
Mas....não sabia que vivia no castelo da ignorância...Pensava que tinha tudo...mas afinal o tudo era apenas um pouco...Pensava que tinha o que mais importante poderia ter, mas apenas tinha o acessório...
No palácio da ignorância...pensavam que eram felizes...pensavam que tinham sempre razão...pensavam que eram sempre os donos da verdade....
Um dia passou por aquele castelo...um humilde viajante, que visitava aquela cidade quando em vez.....quando sentia que havia trabalho a fazer....
Era o viajante do amor....que pouco ou nada tinha, mas que pensava que tinha sempre algo para ajudar os outros...Sabia que na terra do Tempo, cada dia era uma oportunidade para crescer e saber viver...A vida sempre acontecia....Compreendia que a plenitude estava dentro dele e que exalava esperança e bondade para os que encontrava....O que sabia, procurava ensinar aos outros....para que mais pessoas encontrassem o sentido da vida....
O viajante do amor olhou para a luz, do palácio da ignorância, olhou-a de olhos nos olhos.....e só então a luz se apercebeu que havia mais para além do óbvio....que não sabia qual era o sentido da vida, nem qual o caminho para o encontrar....
O viajante do amor...intrigou a luz, levantou-lhe duvidas......mas ela continuou ainda no palácio da ignorância....
Um dia, a bela luz, perdeu tudo o que tinha...e ficou...sem nada....Nada tinha então....
E os medos apareceram....A caverna do medo envolveu-a por completo.....tornou-se uma luz que não iluminava, que tinha medo de tudo, até de viver....Os seus amigos desapareceram...porque baseavam a sua amizade...no ter....Uma vida do ter...ter, ter, ter....
A luz vivia agora na caverna do medo, sem perceber que todos nós temos uma luz muito forte no interior...a luz do coração...............
O círculo do medo....fazia-a mergulhar mais e mais na caverna do medo......
No entanto......um belo dia, à porta da caverna do medo, apareceram três cavaleiros: os cavaleiros do Tempo. Eram os cavaleiros do Passado, do Presente e do Futuro....
Timidamente, a luz espreitou à porta da caverna do medo e...ouviu então o Sr. Sol:
- A vida é demasiado curta para que a não saibamos viver....Onde está o sentido da sua vida? Que caminho escolheste? Ouve os cavaleiros do Tempo e sente o vento da mudança....
O cavaleiro do Passado mostrou então a sua música...Era uma música de mágoas e, algumas alegrias…
O Sr. Sol olhou então a menina luz e disse-lhe:
- Se estiveres sempre a ouvir esta música...então é porque já não sabes viver...O cavaleiro do passado deverá ser apenas o professor para saber viver...
E o Sol continuou a falar:
- O cavaleiro do presente é o único que é vida....De facto, não existe passado, nem futuro...Só poderemos viver o presente....
O cavaleiro do futuro mostrou então naquilo que era.....uma sequência de ilusões e esperanças, que são apenas realidade virtual...Não existe, está para além da realidade, numa dimensão intemporal, que poderá nunca existir...Ou melhor, o futuro existe apenas no nosso pensamento....
Enquanto os três cavaleiros desapareciam...o Sol continuou a falar:
- Temos que mudar o que há para mudar! Mudar o que nos levará ao sentido da vida! O sentido da vida está na maneira como se vive o momento presente...saber viver, em plenitude, em intensidade, num sentido de dar....Fala com o coração! Vive com o coração! Faz do coração o teu sentido da vida! Viver é pincelar cada momento da nossa vida, com o coração....
O Sol escondeu-se por detrás das nuvens da vida.....e surgiu então o vento da mudança....Durante dias, durante meses....o vento da mudança soprou forte...até que a caverna do medo se desmoronou.... e apareceu então um coração imenso a palpitar na luz, que, de início surgia trémula...mas que, a pouco e pouco, se tornou forte e brilhante....e começou a iluminar tantos recantos de escuridão.....
A luz percebeu então que o sentido da vida....se inicia no interior, quando deixamos que o coração inunde todos os centímetros do nosso ser, numa vida de boa vontade e entrega aos outros....numa dimensão que ultrapassa sempre o próprio Eu....
Desde então.....se soube que existe o sentido para a vida!............
Era uma bela luz, de olhos esverdeados e calor imenso. Sorria à vida…e às cores....Os dias perdiam-se na noite e a noite aquecia-se nos sonhos.....
Mas....não sabia que vivia no castelo da ignorância...Pensava que tinha tudo...mas afinal o tudo era apenas um pouco...Pensava que tinha o que mais importante poderia ter, mas apenas tinha o acessório...
No palácio da ignorância...pensavam que eram felizes...pensavam que tinham sempre razão...pensavam que eram sempre os donos da verdade....
Um dia passou por aquele castelo...um humilde viajante, que visitava aquela cidade quando em vez.....quando sentia que havia trabalho a fazer....
Era o viajante do amor....que pouco ou nada tinha, mas que pensava que tinha sempre algo para ajudar os outros...Sabia que na terra do Tempo, cada dia era uma oportunidade para crescer e saber viver...A vida sempre acontecia....Compreendia que a plenitude estava dentro dele e que exalava esperança e bondade para os que encontrava....O que sabia, procurava ensinar aos outros....para que mais pessoas encontrassem o sentido da vida....
O viajante do amor olhou para a luz, do palácio da ignorância, olhou-a de olhos nos olhos.....e só então a luz se apercebeu que havia mais para além do óbvio....que não sabia qual era o sentido da vida, nem qual o caminho para o encontrar....
O viajante do amor...intrigou a luz, levantou-lhe duvidas......mas ela continuou ainda no palácio da ignorância....
Um dia, a bela luz, perdeu tudo o que tinha...e ficou...sem nada....Nada tinha então....
E os medos apareceram....A caverna do medo envolveu-a por completo.....tornou-se uma luz que não iluminava, que tinha medo de tudo, até de viver....Os seus amigos desapareceram...porque baseavam a sua amizade...no ter....Uma vida do ter...ter, ter, ter....
A luz vivia agora na caverna do medo, sem perceber que todos nós temos uma luz muito forte no interior...a luz do coração...............
O círculo do medo....fazia-a mergulhar mais e mais na caverna do medo......
No entanto......um belo dia, à porta da caverna do medo, apareceram três cavaleiros: os cavaleiros do Tempo. Eram os cavaleiros do Passado, do Presente e do Futuro....
Timidamente, a luz espreitou à porta da caverna do medo e...ouviu então o Sr. Sol:
- A vida é demasiado curta para que a não saibamos viver....Onde está o sentido da sua vida? Que caminho escolheste? Ouve os cavaleiros do Tempo e sente o vento da mudança....
O cavaleiro do Passado mostrou então a sua música...Era uma música de mágoas e, algumas alegrias…
O Sr. Sol olhou então a menina luz e disse-lhe:
- Se estiveres sempre a ouvir esta música...então é porque já não sabes viver...O cavaleiro do passado deverá ser apenas o professor para saber viver...
E o Sol continuou a falar:
- O cavaleiro do presente é o único que é vida....De facto, não existe passado, nem futuro...Só poderemos viver o presente....
O cavaleiro do futuro mostrou então naquilo que era.....uma sequência de ilusões e esperanças, que são apenas realidade virtual...Não existe, está para além da realidade, numa dimensão intemporal, que poderá nunca existir...Ou melhor, o futuro existe apenas no nosso pensamento....
Enquanto os três cavaleiros desapareciam...o Sol continuou a falar:
- Temos que mudar o que há para mudar! Mudar o que nos levará ao sentido da vida! O sentido da vida está na maneira como se vive o momento presente...saber viver, em plenitude, em intensidade, num sentido de dar....Fala com o coração! Vive com o coração! Faz do coração o teu sentido da vida! Viver é pincelar cada momento da nossa vida, com o coração....
O Sol escondeu-se por detrás das nuvens da vida.....e surgiu então o vento da mudança....Durante dias, durante meses....o vento da mudança soprou forte...até que a caverna do medo se desmoronou.... e apareceu então um coração imenso a palpitar na luz, que, de início surgia trémula...mas que, a pouco e pouco, se tornou forte e brilhante....e começou a iluminar tantos recantos de escuridão.....
A luz percebeu então que o sentido da vida....se inicia no interior, quando deixamos que o coração inunde todos os centímetros do nosso ser, numa vida de boa vontade e entrega aos outros....numa dimensão que ultrapassa sempre o próprio Eu....
Desde então.....se soube que existe o sentido para a vida!............
Re: releituras 1001
qiu escreveu: Alfabeto do Amor
O QUE SE FAZ COM O A?
- O A é muito bonito..... o A é de Amor, de Amizade.
- Oh, parece-me que gosto muito desta letra.
E COM O B? O QUE SE FAZ?
- O B...... espera, fecha os olhos!
- Oh, deste-me um Beijo!
PARA QUE SERVE O C?
- O C..... O C é o Casal, a Casa, o Casamento......
- Hum, já me estou a sentir mais quentinha!
E O D?
- Damos as mãos..... é Dar... amor.
- Chiu... Deixa ouvir os nossos corações!
E COM O E?
- É simples.... temos Esperança... na letra seguinte.
E O F, PARA QUE SERVE?
- Com o F, escreve-se o Futuro!
- Ai, estou as corar!
O QUE FAZ O G?
- O G serve para Ganhar... coragem. É importante!
E O H?
- O H significa Hipótese....
- Ah, parece-me que estou a perceber.
E O I?
- O I é..... o Idílio.... o paraíso...
- Oh, tão bom! Existe?
E O J? O QUE FAZ?
- O J..... Julgar, Julgaremos........ Julgo que ainda é um sonho... nós!
E O L?
- O L é a Lua-de-mel.
- Oh, estou a corar!
PARA QUE SERVE O M?
- O M é..... o Matrimónio.
- Chiu!... Deixa ouvir a Marcha nupcial!
E O N?
- O N..... malandrice.... é a Noite de Núpcias!
- É pá!.... (aqui fez-se silêncio)
PARA QUE SERVE O O?
- Com o O.......... Ouvimos cantar os passarinhos...
E O P? PARA QUE SERVE?
- O P é muito importante........ são os Pais.
O QUE FAZ O Q?
- Com o Q..... Queremos que o amor continue.... para sempre!
E PARA QUE SERVE O R?
- É o Resultado.......... e o Resultado é..... muita felicidade.
E O S?
- Com o S...... aqui Sorrimos um para o outro.
PARA QUE SERVE O T?
- O T... és TU...... é o Teu nome... é Tudo o que é bom.
- Vês! Eu Também sei....
O QUE FAZ O U?
- É a União.... é estarmos sempre Unidos.
E O V?
- É a Vida..... O V é... Viver!
E O X? O QUE FAZ?
- Olha, do X não gosto...... PRONTO!
E O Z?
- O Z..... Zangar, Zangados!
NÃO!NÃO!NÃO!.............................
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Re: releituras 1001
Poema integral com dois ovos escalfados numa tentativa desesperada para dizer Amo-te
Se soubesses o que eu sei
e sonhasses o que eu sonho
fazias o que eu posso
e podias o que eu faço
se quisesses o que eu quero
por: paulo Anes
Se soubesses o que eu sei
e sonhasses o que eu sonho
fazias o que eu posso
e podias o que eu faço
se quisesses o que eu quero
por: paulo Anes
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Re: releituras 1001
Tentativa de dizer que te amo:
A...doro-te!
A...doro-te!
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Re: releituras 1001
Amor á primeira vista
Foi por simpatia
mas foi de repente
e talvez
pelo barulho pup,pup,pup,
três vezes, três
cá dentro talvez,
fiquei logo a saber
que foi por simpatia
mas não foi por querer.
Paulo Anes
Foi por simpatia
mas foi de repente
e talvez
pelo barulho pup,pup,pup,
três vezes, três
cá dentro talvez,
fiquei logo a saber
que foi por simpatia
mas não foi por querer.
Paulo Anes
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Re: releituras 1001
"Como é que pode, você ter o sorriso de um menino e os olhos de uma mulher?
E de uma mulher apaixonada, ainda por cima?" Estavam sentados no banco da frente do carro dele, e do lado de fora estava muito escuro e chovia. Ela lembrava do som da chuva, o tique-taque do relógio do carro,
a sensação das mãos dele envolvendo-lhe o queixo,
mas era como lembrar da passagem de um livro ou da cena de um filme, uma cena à qual ela tivesse assistido, mas da qual não tivesse participado.
by: Rosemunde pilcher - um encontro inesperado
E de uma mulher apaixonada, ainda por cima?" Estavam sentados no banco da frente do carro dele, e do lado de fora estava muito escuro e chovia. Ela lembrava do som da chuva, o tique-taque do relógio do carro,
a sensação das mãos dele envolvendo-lhe o queixo,
mas era como lembrar da passagem de um livro ou da cena de um filme, uma cena à qual ela tivesse assistido, mas da qual não tivesse participado.
by: Rosemunde pilcher - um encontro inesperado
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Re: releituras 1001
"Como chove!"
"Depressa, traz o carro... não, cuidado com a lama..."
"Ai que me molho todo.. irra, mas que água abençoada esta num como o de hoje."
E assim a chuva incessante uniu dois incomuns concidadãos..
"Depressa, traz o carro... não, cuidado com a lama..."
"Ai que me molho todo.. irra, mas que água abençoada esta num como o de hoje."
E assim a chuva incessante uniu dois incomuns concidadãos..
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Re: releituras 1001
"Diz que te faço feliz" - L.I.
Se eu pudesse ter-te por inteiro
Se eu pudesse ter o teu amor
Despojar-me-ia de todo o dinheiro
Correria o Mundo inteiro sem vacilar
Só para provar que te amo
Se tu, ao menos,
Quando olhasses para mim
Me dissesses assim
"És o meu amor
E fazes-me feliz"
Oh, se eu pudesse confessar
Que te amo e vou amar
Como sempre te amei
E que tudo o que sempre fiz
Para que fosses feliz
Foi tudo porva de amor
Se eu pudesse passear contigo
Se eu pudesse ter-te sempre comigo
Libertar-me-ia de complexos e fobias
Ao saber que me querias como te quero
É o meu sonho de amor
E perderia cada frustração
Que me assola o coração
Se me amas, diz
Que te faço feliz
Oh, se eu pudesse assumir
Que penso em ti ao dormir,
Antes e ao acordar
E se me pudesses mostrar
Que também me estás a amar
E que te faço feliz
Se pudesses tirar-me esta incerteza
Se dissesses que me amas com clareza
Eu saberia que havia encontrado
O homem tão amado
Que me ama, também
Como sempre sonhei
Então, seria feliz eternamente
Mostrando a toda a gente
Que te encontrei
E que te faço feliz
Se eu pudesse ter-te por inteiro
Se eu pudesse ter o teu amor
Despojar-me-ia de todo o dinheiro
Correria o Mundo inteiro sem vacilar
Só para provar que te amo
Se tu, ao menos,
Quando olhasses para mim
Me dissesses assim
"És o meu amor
E fazes-me feliz"
Oh, se eu pudesse confessar
Que te amo e vou amar
Como sempre te amei
E que tudo o que sempre fiz
Para que fosses feliz
Foi tudo porva de amor
Se eu pudesse passear contigo
Se eu pudesse ter-te sempre comigo
Libertar-me-ia de complexos e fobias
Ao saber que me querias como te quero
É o meu sonho de amor
E perderia cada frustração
Que me assola o coração
Se me amas, diz
Que te faço feliz
Oh, se eu pudesse assumir
Que penso em ti ao dormir,
Antes e ao acordar
E se me pudesses mostrar
Que também me estás a amar
E que te faço feliz
Se pudesses tirar-me esta incerteza
Se dissesses que me amas com clareza
Eu saberia que havia encontrado
O homem tão amado
Que me ama, também
Como sempre sonhei
Então, seria feliz eternamente
Mostrando a toda a gente
Que te encontrei
E que te faço feliz
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Re: releituras 1001
Simplesmente ADORO este poema:
Lágrimas ocultas - Florbela Espanca
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Lágrimas ocultas - Florbela Espanca
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
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Re: releituras 1001
' Uma Rosa é Perfeita.E oferecer uma duzia delas a alguém é como dizer que a perfeição existe e que está algures por aí, não desistas que hás-de encontrá-la. Mas o melhor é oferecer uma Orquídea, pela forma como flutua na água, tão bela e delicada... Quando uma mulher recebe uma orquídea sente-se como que a flutuar numa nuvem de possibilidades infinitas. '
in - The perfect man
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