releituras 1001
+16
Komeeadora
migas94
kriptonite
carlagomes2010
helenapmferreira
Pastelinha
FranciscoBS
Blow
komodore
Dana_bebek
Figuinha
menina_do_norte
ChøcøLåtë
Ti4go
Estrelinha
qiu
20 participantes
Fórum 1001Blogs - Amostras Gratis, Passatempos e Oportunidades! :: 1001 Músicas :: 1001 Conversas, músicas, imagens,videos!
Página 22 de 40
Página 22 de 40 • 1 ... 12 ... 21, 22, 23 ... 31 ... 40
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
A ti, que elogio o olhar, esse olhar que me retorna a sensação, que me tira o sono, e que me diz, conquista-me, apenas peço:
Sorri..
Sorri..
komodore- VIP 1001blogs
- Mensagens : 14297
Data de inscrição : 12/03/2010
Idade : 45
Localização : Lisboa
Re: releituras 1001
A moça assustou-se. Podia lembrar sem esforço do codinome que se dera para apresentar-se ao rapaz: Capitu. Dera-se esse nome por conta do livro que havia ganhado do seu pai antes de sair de casa. Adorava o enredo, a sedução da personagem principal da história. Sentia-se Capitu. Dotada de beleza, mil encantos, e aqueles olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Nunca, em toda o seu tempo de profissão, um cliente havia descoberto o seu nome verdadeiro. Puxou o ar o mais fundo que pode, tentando manter a normalidade:
- Não, não, Capitu. Você deve estar me confundindo.
- Você foi a única mulher de cabelos cacheados ruivos e olhos verdes que entrou no meu carro por esses tempos. E a única que deixou cair a identidade do bolso. - Falou, mostrando a Raica o documento entre os dedos.
A moça bateu a mão na testa como sinal de autoreprovação. Não podia ter deixado aquilo acontecer. Um cliente que descobrisse o seu nome, estaria descobrindo a verdadeira mulher que havia por trás de todos aqueles disfarces noturnos. Disfarçou o desconforto e puxou com rapidez o documento da mão de Luiz.
- Obrigada, Luiz.
- Ora, vejo que não fui só eu quem aprendeu um nome novo por esses tempos.
- Costumo me lembrar dos nomes dos meus clientes recentes. Depois esqueço.
Pronto, era o xeque-mate. Raica havia sido fria, como queria. A frase teve o poder de fazê-la se recompor e voltar a controlar o jogo de descobertas que aquele rapaz impertinente lhe proporcionava.
- Acho que você já fez o que desejava, não é?! Agora com licença, eu preciso trabalhar.
O rapaz hesitou um pouco, e continuou:
- Mas... Capitu! Hum, o nome não é mau. Será que encontrei pelas esquinas de São Paulo uma leitora de clássicos?
Sim, talvez ele houvesse encontrado. Vinda de uma família de intelecto, Raica havia sido iniciada no "caminho da leitura" desde cedo. Quando estava de folga, sempre lia para passar o tempo.
- Não, não. Li esse livro uma vez, por curiosidade, só. Não gosto de ler. - Falou, tentando desempolgar o rapaz, mas não obteve muito sucesso em sua mentira.
- De qualquer forma, Capitu, acompanha-me esta noite?
- Claro, estou aqui para isso mesmo.
A ideia era demonstrar o seu compromisso com o trabalho, mas no fundo, ela começava a pensar que talvez não fosse só isso. Sabia que duas vezes era o limite máximo para atender um cliente. Se tratando de homens como Luiz, uma seria de bom tamanho. Só que algo dentro dela não lhe deixava negar o pedido do rapaz. Algo já começava a fisgar timidamente o seu coração, e ela teria que se livrar disso.
- Não, não, Capitu. Você deve estar me confundindo.
- Você foi a única mulher de cabelos cacheados ruivos e olhos verdes que entrou no meu carro por esses tempos. E a única que deixou cair a identidade do bolso. - Falou, mostrando a Raica o documento entre os dedos.
A moça bateu a mão na testa como sinal de autoreprovação. Não podia ter deixado aquilo acontecer. Um cliente que descobrisse o seu nome, estaria descobrindo a verdadeira mulher que havia por trás de todos aqueles disfarces noturnos. Disfarçou o desconforto e puxou com rapidez o documento da mão de Luiz.
- Obrigada, Luiz.
- Ora, vejo que não fui só eu quem aprendeu um nome novo por esses tempos.
- Costumo me lembrar dos nomes dos meus clientes recentes. Depois esqueço.
Pronto, era o xeque-mate. Raica havia sido fria, como queria. A frase teve o poder de fazê-la se recompor e voltar a controlar o jogo de descobertas que aquele rapaz impertinente lhe proporcionava.
- Acho que você já fez o que desejava, não é?! Agora com licença, eu preciso trabalhar.
O rapaz hesitou um pouco, e continuou:
- Mas... Capitu! Hum, o nome não é mau. Será que encontrei pelas esquinas de São Paulo uma leitora de clássicos?
Sim, talvez ele houvesse encontrado. Vinda de uma família de intelecto, Raica havia sido iniciada no "caminho da leitura" desde cedo. Quando estava de folga, sempre lia para passar o tempo.
- Não, não. Li esse livro uma vez, por curiosidade, só. Não gosto de ler. - Falou, tentando desempolgar o rapaz, mas não obteve muito sucesso em sua mentira.
- De qualquer forma, Capitu, acompanha-me esta noite?
- Claro, estou aqui para isso mesmo.
A ideia era demonstrar o seu compromisso com o trabalho, mas no fundo, ela começava a pensar que talvez não fosse só isso. Sabia que duas vezes era o limite máximo para atender um cliente. Se tratando de homens como Luiz, uma seria de bom tamanho. Só que algo dentro dela não lhe deixava negar o pedido do rapaz. Algo já começava a fisgar timidamente o seu coração, e ela teria que se livrar disso.
Re: releituras 1001
Ela saiu sem rumo. Sem rota, sem destino. Qualquer coisa para fazer seria melhor do que ficar naquela inércia. Foi. O coração doía, mas ela não chorava. Precisava ser forte. As árvores passavam pela sua vista como vultos verdes, as pessoas estavam todas uniformes. Precisava beber algo. Precisava daquele estado de euforia que o alcool lhe dava. Aquela felicidade falsa, mas convincente. Ou talvez fossem as pessoas que não reparassem mesmo. A voz muito rouca pediu um cigarro e uma garrafa de vodka ao vendedor. Ele a olhou com cara de pena. Ela odiava isso. Não queria pena. Queria um abraço, só. Queria alguém que sentasse ao seu lado, lhe pusesse a mão no ombro e dissesse “vai ficar tudo bem”. E que esse alguém não lhe cobrasse nada, não lhe perguntasse nada. Que quando chegasse a hora, tivesse ouvidos atentos e palavras amigas. Mas não. Não havia ninguém por ali que fosse capaz disso. A bebida amargava na garganta e o cigarro a fazia tossir. Falta de costume. Há tempos não se rendia aquele desespero. Isso também doía. Ela estava fraca. Ela era fraca. A pupila dilatou-se mais um pouco, e agora sim, já não via nada. E até hoje, não se sabe se ela havia visto ou não o precipício em que caiu naquele fim de tarde.
komodore- VIP 1001blogs
- Mensagens : 14297
Data de inscrição : 12/03/2010
Idade : 45
Localização : Lisboa
Re: releituras 1001
Deitada em minha rede com o livro sobre meu colo
em extâse purrissímo...não sou mais aquela menina
com seu livro,mas uma mulher com seu amante..!!
em extâse purrissímo...não sou mais aquela menina
com seu livro,mas uma mulher com seu amante..!!
Re: releituras 1001
Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Re: releituras 1001
Sou assim pequenina
Metade mulher...metade menina...
Sou a menina que canta...
que brinca e ri...
Sou a menina
que corre pela calçada...despreocupada...
Sou a mulher que sonha em ser amada
Mas por um amor fatal....
Daqueles devastador...e verdadeiro...
Nao somente um amor carnal...
Um amor verdadeiro.....
a alma gemea encontrada......
Menina ou mulher
Mulher ou menina
Que a vida ensina
A viver assim....
Mesmo que este viver
Seja um sonho sem fim........
Metade mulher...metade menina...
Sou a menina que canta...
que brinca e ri...
Sou a menina
que corre pela calçada...despreocupada...
Sou a mulher que sonha em ser amada
Mas por um amor fatal....
Daqueles devastador...e verdadeiro...
Nao somente um amor carnal...
Um amor verdadeiro.....
a alma gemea encontrada......
Menina ou mulher
Mulher ou menina
Que a vida ensina
A viver assim....
Mesmo que este viver
Seja um sonho sem fim........
Re: releituras 1001
Nunca fui menina bem alienada.pudera,nunca tive vocação pra ser Amelia,pra segueira mutipla e discursos sem opnião própria.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venham com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa.Venha a mim com opniões formadas, alma, vísceras, tripas e ideais...
Eu acreditoé em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em xingamentos amáveis, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala verdades, na voz e no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venham com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa.Venha a mim com opniões formadas, alma, vísceras, tripas e ideais...
Eu acreditoé em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em xingamentos amáveis, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala verdades, na voz e no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.
komodore- VIP 1001blogs
- Mensagens : 14297
Data de inscrição : 12/03/2010
Idade : 45
Localização : Lisboa
Re: releituras 1001
(...)
Roubei ao corvo a sua cor
esvoaço pelas muralhas perdido, cego
abandonado pelas chamas do mundo
(...)
MRP em Artista de Circo
Roubei ao corvo a sua cor
esvoaço pelas muralhas perdido, cego
abandonado pelas chamas do mundo
(...)
MRP em Artista de Circo
Última edição por Dana_bebek em Seg 12 Set 2011, 2:51 pm, editado 1 vez(es)
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
Esta é a forma fêmea:
dos pés à cabeça dela exala um halo divino,
ela atrai com ardente
e irrecusável poder de atração,
eu me sinto sugado pelo seu respirar
como se eu não fosse mais
que um indefeso vapor
e, a não ser ela e eu, tudo se põe de lado
— artes, letras, tempos, religiões,
o que na terra é sólido e visível,
e o que do céu se esperava
e do inferno se temia,
tudo termina:
estranhos filamentos e renovos
incontroláveis vêm à tona dela,
e a acção correspondente
é igualmente incontrolável;
cabelos, peitos, quadris,
curvas de pernas, displicentes mãos caindo
todas difusas, e as minhas também difusas,
maré de influxo e influxo de maré,
carne de amor a inturgescer de dor
deliciosamente,
inesgotáveis jactos límpidos de amor
quentes e enormes, trémula geléia
de amor, alucinado
sopro e sumo em delírio;
noite de amor de noivo
certa e maciamente laborando
no amanhecer prostrado,
a ondular para o presto e proveitoso dia,
perdida na separação do dia
de carne doce e envolvente.
Eis o núcleo — depois vem a criança
nascida de mulher,
vem o homem nascido de mulher;
eis o banho de origem,
a emergência do pequeno e do grande,
e de novo a saída.
Não se envergonhem, mulheres:
é de vocês o privilégio de conterem
os outros e darem saída aos outros
— vocês são os portões do corpo
e são os portões da alma.
A fêmea contém todas
as qualidades e a graça de as temperar,
está no lugar dela e movimenta-se
em perfeito equilíbrio,
ela é todas as coisas devidamente veladas,
é ao mesmo tempo passiva e activa,
e está no mundo para dar ao mundo
tanto filhos como filhas,
tanto filhas como filhos.
Assim como na Natureza eu vejo
minha alma refletida,
assim como através de um nevoeiro,
eu vejo Uma de indizível plenitude
e beleza e saúde,
com a cabeça inclinada e os braços
cruzados sobre o peito
— a Fêmea eu vejo.
dos pés à cabeça dela exala um halo divino,
ela atrai com ardente
e irrecusável poder de atração,
eu me sinto sugado pelo seu respirar
como se eu não fosse mais
que um indefeso vapor
e, a não ser ela e eu, tudo se põe de lado
— artes, letras, tempos, religiões,
o que na terra é sólido e visível,
e o que do céu se esperava
e do inferno se temia,
tudo termina:
estranhos filamentos e renovos
incontroláveis vêm à tona dela,
e a acção correspondente
é igualmente incontrolável;
cabelos, peitos, quadris,
curvas de pernas, displicentes mãos caindo
todas difusas, e as minhas também difusas,
maré de influxo e influxo de maré,
carne de amor a inturgescer de dor
deliciosamente,
inesgotáveis jactos límpidos de amor
quentes e enormes, trémula geléia
de amor, alucinado
sopro e sumo em delírio;
noite de amor de noivo
certa e maciamente laborando
no amanhecer prostrado,
a ondular para o presto e proveitoso dia,
perdida na separação do dia
de carne doce e envolvente.
Eis o núcleo — depois vem a criança
nascida de mulher,
vem o homem nascido de mulher;
eis o banho de origem,
a emergência do pequeno e do grande,
e de novo a saída.
Não se envergonhem, mulheres:
é de vocês o privilégio de conterem
os outros e darem saída aos outros
— vocês são os portões do corpo
e são os portões da alma.
A fêmea contém todas
as qualidades e a graça de as temperar,
está no lugar dela e movimenta-se
em perfeito equilíbrio,
ela é todas as coisas devidamente veladas,
é ao mesmo tempo passiva e activa,
e está no mundo para dar ao mundo
tanto filhos como filhas,
tanto filhas como filhos.
Assim como na Natureza eu vejo
minha alma refletida,
assim como através de um nevoeiro,
eu vejo Uma de indizível plenitude
e beleza e saúde,
com a cabeça inclinada e os braços
cruzados sobre o peito
— a Fêmea eu vejo.
Re: releituras 1001
Pra vós são estes versos, pla consoladora
Graça dos olhos onde chora e ri um sonho
Doce, pla vossa alma pura e sempre boa,
Versos do fundo desta aflição opressora.
Porque, ai! o pesadelo hediondo que me assombra
Não dá tréguas e, louco, furioso, ciumento,
Multiplica-se como um cortejo de lobos
E enforca-se com o meu destino que ensanguenta!
Ah! sofro horrivelmente, ao ponto de o gemido
Desse primeiro homem expulso do Paraíso
Não passar de uma écloga à vista do meu!
E os cuidados que vós podeis ter são apenas
Andorinhas voando à tarde pelo céu
— Querida — num belo dia de um Setembro ameno.
Graça dos olhos onde chora e ri um sonho
Doce, pla vossa alma pura e sempre boa,
Versos do fundo desta aflição opressora.
Porque, ai! o pesadelo hediondo que me assombra
Não dá tréguas e, louco, furioso, ciumento,
Multiplica-se como um cortejo de lobos
E enforca-se com o meu destino que ensanguenta!
Ah! sofro horrivelmente, ao ponto de o gemido
Desse primeiro homem expulso do Paraíso
Não passar de uma écloga à vista do meu!
E os cuidados que vós podeis ter são apenas
Andorinhas voando à tarde pelo céu
— Querida — num belo dia de um Setembro ameno.
Re: releituras 1001
Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-semesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até amais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça,mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.
"Jornal Metro"
"Jornal Metro"
Re: releituras 1001
Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Re: releituras 1001
qiu escreveu:Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-semesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até amais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça,mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.
"Jornal Metro"
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
mas olha que se virmos bem em parte é bem verdadeDana_bebek escreveu:qiu escreveu:Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-semesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até amais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça,mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.
"Jornal Metro"
Re: releituras 1001
sim, sim, também acho
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
" Gosto de te ver a rir e brincar, gosto do teu cheiro e do teu olhar, gosto de te ter sempre perto e de sentir que tudo está certo, de saber que afinal vale a pena acreditar que um dia a paz acaba sempre por chegar, que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de ti, meu amor, quero-te, quero-te, quero-te.
Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passar, que este meu amor imenso, doce e intemporal resista ao tempo, resista ao medo, resista ao mundo, resista a tudo e não precise de mais nada a não ser de TI, tu que és princípio e fim, que estás no meio de tudo, que atravessas a vida de mão dada comigo, tu de quem eu gosto, gosto, gosto. "
MRP in As crónicas da Margarida
Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passar, que este meu amor imenso, doce e intemporal resista ao tempo, resista ao medo, resista ao mundo, resista a tudo e não precise de mais nada a não ser de TI, tu que és princípio e fim, que estás no meio de tudo, que atravessas a vida de mão dada comigo, tu de quem eu gosto, gosto, gosto. "
MRP in As crónicas da Margarida
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
Deixa-me ir...
quero partir
ir
com caminho
ou sem caminho
nos passos encontrar
a razão de caminhar
deixa-me ir
pelo caminho marco
o tempo
nos passos
ora
errantes e perdidos
ora
marcantes e marcados
que se despedaçam
no nada
marco-me
encontro-me
nos passos
enquanto caminho
ainda que o caminho
se acabe...
quero partir
ir
com caminho
ou sem caminho
nos passos encontrar
a razão de caminhar
deixa-me ir
pelo caminho marco
o tempo
nos passos
ora
errantes e perdidos
ora
marcantes e marcados
que se despedaçam
no nada
marco-me
encontro-me
nos passos
enquanto caminho
ainda que o caminho
se acabe...
Re: releituras 1001
Perpétuei na memória
o tempo
aquele tempo
que vai
avança e desliza
como um eco que fica
no momento
silencioso
do tempo...
Quando o tempo já não existe
e tudo leva
e tudo traz
no momento...
o tempo
aquele tempo
que vai
avança e desliza
como um eco que fica
no momento
silencioso
do tempo...
Quando o tempo já não existe
e tudo leva
e tudo traz
no momento...
Re: releituras 1001
" Voltando aos homens, continuo na minha: ás vezes um manual de instruções dava jeito. Não para livro de cabeceira, mas do género dicionário, para consultar de vez em quando, sempre que uma dúvida nos assalta e não queremos meter a pata na poça.
Ò desgraça! Ò inclemência! Miguel de repente fica sem saber o que fazer! Como dizia o Mark Twain, há duas desgraças na vida: uma é querer muito uma coisa, a outra é alcança-la. "
MRP in As Crónicas da Margarida
Ò desgraça! Ò inclemência! Miguel de repente fica sem saber o que fazer! Como dizia o Mark Twain, há duas desgraças na vida: uma é querer muito uma coisa, a outra é alcança-la. "
MRP in As Crónicas da Margarida
Dana_bebek- VIP 1001blogs
- Mensagens : 12076
Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
"E como eu, Miguel desde sempre, quereria alcançar o que tão longe parece querer fugir, evitar-me a todo custo. A si me entregaria e faria dos seus desejos quase como que ordens soletradas por comandante de tropas. E ao fim de 20 minutos, horas perdido no seu olhar, quase sem fôlego, apenas via seus lábios a mexer-se, e como eu ansiava por os poder segurar na minha boca..."
by komodore
by komodore
komodore- VIP 1001blogs
- Mensagens : 14297
Data de inscrição : 12/03/2010
Idade : 45
Localização : Lisboa
Página 22 de 40 • 1 ... 12 ... 21, 22, 23 ... 31 ... 40
Fórum 1001Blogs - Amostras Gratis, Passatempos e Oportunidades! :: 1001 Músicas :: 1001 Conversas, músicas, imagens,videos!
Página 22 de 40
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos