A nossa poesia

Aquela etapa a que me propus, está quase alcançada. Faltam apenas os retoques finais para a empacotar e enviar pelo correio até ao teu olhar, que com carinho lê as minhas palavras como se fossem as últimas que irei proferir.

Vem..
dá-me a mão e deixa-te levar...
não me perguntes onde vamos...
espera...
já estamos tão perto agora!
Olha!
Vês?
Somente aqui, somente nós...
vislumbra, descobre, desfruta!
esconde-te atrás daquele maravilhoso olho de vidro
e transforma o mundo como só tu o sabes fazer!
E encontra, nessas ruas, casas e vielas
o sorriso das faces que se acendem quando olhas para elas...
que o teu, por si só achará o seu caminho de volta.

Para ti: Polisipo


Não sei se sabes o tempo que passa, e por mim passa, e repassa, e a memória vai e vem.
O mundo que julgo ser meu está torto.
sim, torto, porque de pernas para o ar acho que nem tanto, mas não está o suficientemente bem para estar direito, e então, ele lá se inclina, quiça para o lado dos astros, esses que tantos, não me sabem orientar!
E o mundo gira, e girou, e á pouco girou em torno de ti, das tuas antiguidades, dos sorrisos inocentes e salvaguardados sem percepção que antes partilhavas tão constante, e hoje não sei mais.
E então eu fiquei, a olhar, do meu jeito torto, a pensar, como só eu o sei, e lembrei-me que nunca tivemos o tempo;
O tempo, o momento, para estarmos só nós, sentados junto da foz, apenas a conversar...
Porque eu sinto falta..eu sinto mesmo falta, muito falta, de conversar a sério com alguém, não de jogar conversa fora, mas sim, de falar, profundamente, até um pouco de analisar as palavras, porque agora todo o mundo vem e vai em 5 minutos, e nada sobra, senão a demora em novamente voltar, e tu sempre voltavas, sempre estavas onde eu sabia te encontrar, mas agora não mais, e disso, disso eu sinto falta, muito falta...
Enfim, quis, quiça julguei, que gostasses de saber, que apenas te quero bem, aqui ou ai além, esperando sempre rencontrar, o sorriso nos teus lábios, no teu olhar, como nos tempos vagos, em que para ti, eu era ninguém.......


xxx

p.s.: que voltes em breve, que a minha memória se despede, antes da hora da ida, e sobra somente partida, em fragmentos de vida.

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Ando neste dias, em euforia, em festa, com um grande sorriso na cara. Tudo porque vos tenho. Comigo, contigo, a meu lado e em mim, a vossa amizade enche o meu coração. É bom, é agradável ter porque sorrir.

Tudo porque o 1001 me mostrou um novo sorriso, e desde já o meu obrigado, por me fazerem sorrir!!!

Feliz 2012!

"Não tenho tido nem tempo nem cabeça para nada. Tudo porque a vida não me sorri como a muitos faz. Não é que eu queira que ela agora, depois de me queixar, se venha sorridente para cima da minha pessoa. Isso dispenso. Gostava sim de ser mais um entre tantos felizes, que sem nada fazerem por isso, sorriem a seu belo prazer, sem problemas nem confusões. Apenas sorriem. E ao sorrirem, a bendita sorte cai em cima deles e o resto do zé povinho, como eu entre tantos, arcamos com toda a mer** que por esse cano vem. Ah, é verdade. Além de sorrirem, choram de alegria por isso e aquilo, mais milhão menos euro. Enquanto que pacóvios como eu e tu trabalhamos para eles terem na garagem o seu belo BMW ou Mercedes careiro, e com ele o motorista levar as esposas às compras, enquanto que nós temos à porta de casa um chaço podre, sem seguro porque não temos dinheiro para o pagar, e no frigorífico pão de 3 dias que o de hoje é caro demais para nós, reles plebe. Não me riu há muito tempo, daquelas gargalhadas a seu belo prazer. Mas chorar, isso meus amigos, é dia sim, dia sim..."

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Conversas com rejane sem Rejane


Há pouco lia sobre Rejane... e foi como se lesse sobre a minha vida escrita por um outro alguém.
Gosto de ler com pausas, como se conta-se uma historia que não fosse minha, mesmo quando escrevo ou leio sobre mim, ou mesmo sobre outros.

Não que tenha sido igual, a minha história e a dela, porque nunca foi, mas havia pequenos detalhes, pequenos momentos ao que considerei um pouco semelhantes.

Acho que todo o seu conceito sobre dor, sobre esse magnânimo sentimento primário era tal como eu o classificava;

Não sei dela, mas eu nunca fui esperada, só deram conta de mim já quase no fim de tudo, e talvez por isso mesmo, tal como ela o dizia, a "existência" (a minha neste caso especifico) "ao invés de ser um lugar doce e acolhedor, se revelou, para mim, salgado e húmido", "não me lembro, mas, é certo de que doeu", pelo menos acho que deve ter doido, talvez até fosse para doer mesmo e mais ainda, porque a corda não deixava que meus pulmoes se enchessem e tudo o que havia ainda aspirado era tóxico e letal, mas ainda assim, teimosamente insisti em permanecer nesta existência que está em mim até hoje.

"Talvez eu tenha experimentado a dor cedo demais, e por mais que não me lembre dela, ela estava lá, cravada em mim, em todos os sentidos."

Talvez seja isso, talvez seja por isso que sou assim mesmo como eu sou, que mesmo estando feliz sinto sempre um pouco de dor, a falta de algo, o vazio profundo demais para passar despercebido dentro da minha cabeça e peito!

e como ela diz "a memória escorre pelo tempo, para nunca mais voltar" e eu espero não esquecer que sei ser feliz, ainda que sempre incompleta, quebrada, diferente de todos os demais, porque realmente concordo e acredito profundamente que "a dor pode definir muito mais uma pessoa do que qualquer outro sentimento" porque sei que me defino assim mesmo, desse jeito meio avariado, dorido, sempre com algo machucando mesmo quando tenho um grande e verdadeiro sorriso nos lábios...

porque mesmo no fim do dia mais feliz, sempre vem algo com a luz da lua, que realça o escuro do coração, no bocado onde se guarda as lembranças mais tristes, e as faltas mais presentes, todos os medos, pensamentos, tudo quanto um sorriso perfeito não consegue ainda assim apagar.....

...dias como o de hoje.....


"eu espero sempre ter essa mesma força que me fez lutar", espero e quero acredito que só aos mais fortes são dadas as mais duras provas e as piores dores...

Vi a tua cara por entre a multidão,
a sem saber o que fazer,
sabia dentro de mim que nunca te iria ter,
a meu lado.

Puxei-te para mim,
E ao ver a minha cara,
Partilhamos um momento,
Que durará até ao finar dos dias.

Viste a minha cara,
E eu sem saber o que fazer,
Sabia então,
Uma vez mais,
Que aquele anjo em tua face,
era mais que eu...

Andam muito poetas tou a ver

sempre...... a vida por aqui é feita de poesia

A minha vida é um poema,
Mas tem dias que é prosa,
Palavra por palavras,
Umas vezes margaridas,
Outras rosas.

1001blogs escreveu:Andam muito poetas tou a ver

Poetas sempre:D

E tu, não escreves umas linhas também??

“Tenho o meu amor de luto,
E a pena que me dá,
Por a maldita encontrar,
Morto e moribundo,
Apenas a minha alma.

Outro amor não me interessa,
Porque por tontas mentiras,
Respirei esse amado odor,
Que me fez perder o meu descanso,
Em que amanheci por te contar
O meu sorriso ao te ver.

Todos falam em mudanças
No amanhã que nunca vem,
A até os posso ouvir dizer,
Estamos sós, dormentes,
Entre o perdão desaparecido
E da mágoa que dói.

Sombras que ocupam o teu espaço,
Cara plateia,
E nem com o meu sacrifício,
Voltarei a amar…”

10/01/2012

“Comecei.
E descanso já, cansado,
Dormente,
Que poderei pedir mais?

A minha morte?
O meu ódio?
Quero conhecer o meu Deus,
O porquê de desaparecer,
Se foi do que disse,
Tenho de saber.

Se morrer, qual a recompensa?
O porquê? Porquê?
Nunca o morrer em vão
Mas haverá uma razão?

Se morrer,
Vejam-me a desfalecer
Oh como, comentem o porquê
Mas vejam-me finar,
Lado a lado com o meu ódio.

E depois?
Estou cansado, triste,
Após tentativas frustradas
Por não conseguir inspiração?
Tu e quem mais?
Sonho o meu veneno,
Onde desfaleço, à beira da morte,
Antes que mude de ideias.”

10/01/2012

“Tanta dor nos teus olhos,
Tanta tristeza sem certeza,
Nessa tarde cheia de pranto,
Onde descansavas o teu corpo em descanso.

Encontrei nesse olhar a minha dor,
A minha incerteza,
A minha lágrima,
Que cai em minha mão
Quanto te afago o rosto
Ao som deste desgosto.

Tive a coragem de te dar a alma,
Tudo, corpo, até me cansar,
Mas quando me acalmo,
Já a minha vida, sem valor,
Chora uma vez mais por ti.”

10/01/2012

“Desapareço por entre confettis de Islamabad,
Por entre bolos de açúcar de Paris,
Pães quentes de Chakra.
Perco-me entre os monumentos de Istambul, Cairo e quem sabe,
Nem Cambridge me passa uma licenciatura para o que sei.
Revejo-me no olhar de uma criança vietnamita, como que brilha
No olhar inocente de um perdido sul-americano,
Perdido entre os livros de escola espanhóis que carrega.
Guardo todas as cartas que te escrevi,
Onde me perco e desapareço,
Revejo e encontro-me.
Guardo-as pois com elas,
Chego a casa.”

10/01/2012

Confio na sorte que me traz um novo alento novamente por te ouvir.
Confio num dia melhor, pois o melhor, digo eu, está por vir.
Confio no amanhã que esbelto amanhece, como qual solidão em que aranha sua teia tece.
Confio na minha cara plateia, de modo a ouvir o meu pesar.
Confio no grito mudo que sentes, ao deixares te amar.
Confio no destino já traçado, como que sina volvida por entre pregos infernais.
Confio nas gentes corriqueiras que correm desbocadas com sua língua na ponta dos jornais.
Confio em mim…

12/01/2012

Confio no teu bom gosto irmã,
Por teres lutado pela amizade,
Que nos une perante a vida,
A incerteza e a verdade.

Confio nas tuas palavras mana,
Ao dizeres o que sentes por mim,
Uma amizade desmedida,
Sinto eu também por ti.

Confio que desta pseudo relação
Irá nascer uma maior,
Já a irmandade nos une,
Com muito gosto de ti sofredor.

Confio em nós miúda,
Confio sim senhora,
Cá estaremos,
Noite e dia,
Hora a hora…

12/01/2012

Dormes, e ao despertar,
Uma vontade de te beijar,
Toma conta de mim.

Despertai para a vida, digo,
Olhai o espaço entre os dedos,
As figueiras em flor de cascata,
A tremule estrada que nos apoquenta,
E revivei o nosso odor.

Dorme, e ao teu descanso
Sinto uma paz por me dizeres,
Quase sem fôlego,
Que tudo e nada mete medo,
Neste mundo de quereres.

E como rogo em ti pragas de amor,
Por quereres a minha companhia,
Partilhares não só o meu ódio,
Como da minha alegria.

E de tempos a tempos,
De ingratidão e não só,
Grito em desespero,
Pela nossa solidão.

12/01/2012

Sou apenas eu,
Com mais um esgotamento,
Falhas de memória,
Em silêncio,
Sem ninguém,
Diz-me,
Que partilha o teu coração?

Não aceito ninguém,
A todos os minutos,
Sem escolha,
Como que tentar sobreviver,
Esperando por um anjo
Em meu altar.

Beija-me em sonhos,
Cheios de promessas,
E no fim,
Fico sozinho,
Sem ti.

Falo cada vez mais alto,
Grito de olhos fechados,
Tirado de sonhos de mulheres,
Que tentam me manter vivo.

Tudo na minha vida é espera,
Sem medos nem receios,
Ao saber que ainda não morri.

Beija-me,
É um sonho,
Em que não vou acordar sozinho.

Serei real,
Serás real,
Tudo isto será verdadeiro?,
Sem sucesso,
Sem fugazes prazeres,
Sem nada a tirar nem por.

12/01/2012