releituras 1001
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Dana_bebek
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Re: releituras 1001
Dana_bebek escreveu:Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastos:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca
Re: releituras 1001
no final vou roubar-te um beijo, deixas?,
um xoxo ao canto da boca,
amanhã voltarei para te amar mais à frente,
um abraço em que sentirei o teu corpo no meu debaixo da roupa e das excitações adolescentes, quem sabe?,
és a menina mais linda da escola, digo-te com toda a certeza,
e olha que eu já olhei com atenção para todas,
coitaditas,
és a menina mais linda da escola,
como te deixaste ser dos meus insossos braços?,
e da minha casa também.
in Queres casar comigo todos os dias, Bárbara?
Pedro Chagas Freitas
um xoxo ao canto da boca,
amanhã voltarei para te amar mais à frente,
um abraço em que sentirei o teu corpo no meu debaixo da roupa e das excitações adolescentes, quem sabe?,
és a menina mais linda da escola, digo-te com toda a certeza,
e olha que eu já olhei com atenção para todas,
coitaditas,
és a menina mais linda da escola,
como te deixaste ser dos meus insossos braços?,
e da minha casa também.
in Queres casar comigo todos os dias, Bárbara?
Pedro Chagas Freitas
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Data de inscrição : 02/03/2010
Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
Se Me Esqueceres
Quero que saibas
uma coisa.
Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.
Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.
Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.
Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.
Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
uma flor te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus.
Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda"
Quero que saibas
uma coisa.
Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.
Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.
Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.
Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.
Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
uma flor te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus.
Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda"
Re: releituras 1001
Para o Meu Coração...
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.
És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.
Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.
Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
Pablo Neruda
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.
És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.
Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.
Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
Pablo Neruda
Re: releituras 1001
«dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo.
olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
mas não há outra maneira.
o rio não pode voltar. ninguém pode voltar. voltar é impossível na existência. o rio precisa de se arriscar e entrar no oceano. e somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano.»
| Osho |
olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
mas não há outra maneira.
o rio não pode voltar. ninguém pode voltar. voltar é impossível na existência. o rio precisa de se arriscar e entrar no oceano. e somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano.»
| Osho |
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
Dana_bebek escreveu: «dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo.
olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
mas não há outra maneira.
o rio não pode voltar. ninguém pode voltar. voltar é impossível na existência. o rio precisa de se arriscar e entrar no oceano. e somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano.»
| Osho |
Re: releituras 1001
Madrugada Sem Sono
Gisela João
" ....
Despedi-me do teu corpo
E por orgulho fugi
.....
.....
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei. "
Gisela João
" ....
Despedi-me do teu corpo
E por orgulho fugi
.....
.....
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei. "
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
Dana_bebek escreveu:Madrugada Sem Sono
Gisela João
" ....
Despedi-me do teu corpo
E por orgulho fugi
.....
.....
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei.
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
De madrugada sem sono
Sem luz, sem amor, nem lei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei
Mordi meus brancos lençóis
Tive saudades, chorei. "
Olha quem é ela
Re: releituras 1001
"Toda a manhã, pulo da cama e piso num campo minado.
O campo minado sou eu.
Depois da explosão, passo o resto do dia juntando os pedaços.
Agora é a sua vez.
Pule! "
O campo minado sou eu.
Depois da explosão, passo o resto do dia juntando os pedaços.
Agora é a sua vez.
Pule! "
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Idade : 37
Localização : gondomar
Re: releituras 1001
Às vezes, pergunto-me: o que é isto, afinal, de um adeus para sempre?
Não sei.
Continuo sem saber.
Quando as pessoas partem e deixam para trás quem as relembre, nunca se vão embora de vez.
Laura Almeida Azevedo em Apetece(s)-me
Não sei.
Continuo sem saber.
Quando as pessoas partem e deixam para trás quem as relembre, nunca se vão embora de vez.
Laura Almeida Azevedo em Apetece(s)-me
Dana_bebek- VIP 1001blogs
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Re: releituras 1001
Dana_bebek escreveu:Às vezes, pergunto-me: o que é isto, afinal, de um adeus para sempre?
Não sei.
Continuo sem saber.
Quando as pessoas partem e deixam para trás quem as relembre, nunca se vão embora de vez.
Laura Almeida Azevedo em Apetece(s)-me
Re: releituras 1001
A poesia aqui apresentada invoca uma sensacao de prazer, o que contraria um pouco esse espirito mais distante ou filosofico que se debate com o adeus e o momento em que algo estah para acontecer. Eh, na minha opiniao, uma especie de anti-saudade.
reizola- Iniciante 1001 Blogs
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